O projeto teve como objetivo validar, caracterizar e recomendar bactérias do grupo dos rizóbios para uso em inoculantes comerciais para leguminosas arbóreas (madeiráveis ou utilizadas na recuperação de áreas degradadas) e leguminosas herbáceas e arbustivas de climas tropical e temperado, que podem ser utilizadas como adubos verdes ou forrageiras.
A demanda por esses inoculantes tem aumentado consideravelmente após a aprovação do novo Código Florestal brasileiro e a implementação do Plano ABC (Agricultura de Baixo Carbono ou Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura), cujo objetivo é estimular a adoção de tecnologias de produção sustentáveis para reduzir a emissão de gases de efeito estufa no setor agropecuário. Soma-se a isso o fato de muitas leguminosas potencialmente importantes ainda não terem rizóbios recomendados para elas ou de alguns ainda não terem sua eficácia comprovada, além de não estarem na lista oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para uso na produção de inoculantes de interesse agrícola.
Este projeto estudou 28 leguminosas. Para 20 delas foram conduzidos ensaios de validação da eficiência agronômica em todas as regiões brasileiras, em vasos com solo e produção de mudas ou testes em condições de campo. Para as oito restantes foram feitos estudos de seleção de estirpes até a fase de validação da eficiência econômica. A intenção foi identificar estirpes para compor um insumo biológico passível de transferência aos produtores, contribuindo para o alcance das metas do programa ABC e a restauração ambiental exigida pelo Novo Código Florestal, além de recomendar ao Mapa inoculantes de pelo menos 20 leguminosas.