Distribuição e infestação da praga quarentenária Sternochetus mangiferae em mangueiras da região metropolitana do Rio de Janeiro

Como complemento a uma pesquisa anterior da Embrapa Agrobiologia que estuda a broca-da-manga – Sternochetus mangiferae (Coleoptera: Curculionidae) , este projeto teve por objetivo apoiar o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) nas medidas de contenção dessa praga, criando estratégias para subsidiar o seu monitoramento e controle. Para tanto foram executadas duas frentes de trabalho: gestão e capacitação de técnicos nos estados do Rio de Janeiro, Pernambuco, São Paulo e Minas Gerais e identificação da distribuição e infestação de mangueiras por S. mangiferae em suas área de ocorrência no Brasil.
A broca-da-manga é um besouro que ataca o endocarpo dos frutos da mangueira (Mangifera indica), causando queda, redução da circunferência dos frutos e do poder germinativo das sementes. É uma praga de difícil controle, uma vez que não deixa sinais externos de sua presença no fruto. Foi descoberta no Brasil pela primeira vez em fevereiro de 2014 e tornou-se uma ameaça às exportações de manga.
Segundo o Mapa, a praga está restrita a nove municípios da região metropolitana do Rio de Janeiro, uma área cuja produção não é significativa para o País. No entanto, devido à possibilidade de expansão da praga para outras áreas de produção, como Bahia, Pernambuco, São Paulo e Minas Gerais, que têm maior expressão nas exportações brasileiras, o Mapa firmou com a Embrapa Agrobiologia um Termo de Execução Descentralizada (TED) para obter informações que possam subsidiar políticas públicas e a contenção e erradicação da praga no Brasil.
Dessa forma, este projeto tratou do monitoramento da praga, com o desenvolvimento de uma metodologia para o levantamento de sua presença em municípios brasileiros e com a identificação da sua distribuição nos locais onde está restrita, além da determinação da taxa de infestação e da capacitação de técnicos de vigilância sanitária e agentes de assistência técnica e extensão rural para o seu reconhecimento nos territórios em que está presente.