Aspectos bioquímicos e moleculares da interação entre Mycosphaerella fijiensis e Musa sp.

A banana é uma das frutas mais produzidas no mundo, sendo cultivada em mais de 120 países e ocupando área superior a 4 milhões de hectares e produção superior a 70 milhões de toneladas. Esta cultura encontra-se localizada principalmente nas regiões tropicais, onde o clima quente favorece seu cultivo durante praticamente todo o ano, apresentando-se, assim, como uma das principais frutas comercializadas nesses países. O Brasil é um dos principais produtores mundiais, possuindo atualmente uma área plantada de aproximadamente 525.000 ha e produção superior a 6 milhões de toneladas. Em Rondônia, a banana ocupa lugar de destaque, apresentando-se como uma das principais frutas cultivadas no estado. Assim como ocorre com a maioria das culturas, a bananeira também é atacada por diversas pragas e doenças. Dentre as doenças, a sigatoka negra é a que atualmente vem trazendo maiores preocupações para produtores e pesquisadores, apresentando-se como o principal problema da bananicultura mundial. Entretanto, dentre as cultivares de banana existentes, há aquelas que são resistentes ou suscetíveis ao fungo. Desta forma, a proposta desta pesquisa é avaliar os atributos biológicos presentes naquelas cultivares que possam explicar esta adaptação em permitir ou não o estabelecimento da doença, gerando, assim, dados sobre as várias respostas do hospedeiro nos diferentes tipos de interação. Ou seja, na relação de incompatibilidade e de compatibilidade com o patógeno que revelem as bases biológicas de resistência da banana a este fungo, ou os fatores que condicionam a patogenicidade, permitindo que o fungo seja capaz de colonizar com sucesso a planta. Os resultados obtidos neste projeto fornecerão dados que possibilitarão um entendimento dos mecanismos de defesa associados à resposta da banana ao ataque do fungo M. fijiensis, com o objetivo de reduzir as perdas causadas pela doença na produtividade da cultura em Rondônia e no país.