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Questionário pretende avaliar nível de incidência e distribuição de doença da cultura da mandioca
Prospectar o nível de incidência e a distribuição da doença “couro de sapo” é o objetivo de questionário on-line elaborado pela Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e que está disponível até 31 de julho.
Podem colaborar com o questionário produtores, empresários, extensionistas, pesquisadores, professores e demais agentes que atuam na cadeia produtiva da mandioca. As informações vão ser usadas de forma agregada, sem a identificação dos respondentes, para orientar tomada de decisão quanto à pesquisa e à formulação de políticas públicas.
Com causa atribuída a um complexo de espécies de vírus e a um fitoplasma (tipo de bactéria sem parede celular e parasita obrigatório), o “couro de sapo” ou “couro de jacaré” tem sido observado em lavouras localizadas no Amazonas, Pará, Bahia e, mais recentemente, Paraná e São Paulo.
Métodos de controle
Segundo o fitopatologista Saulo Alves Santos de Oliveira, pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura, a doença apresenta um alto potencial de danos à cultura, podendo inviabilizar a produção em toda uma região. “O método de controle mais eficiente deve ser efetuado preventivamente pela seleção rigorosa do material de plantio, ou seja, pelo uso de manivas sadias, evitando a introdução de material de áreas afetadas. Em áreas de ocorrência, deve-se realizar a eliminação de plantas doentes dentro do cultivo, também conhecida como roguing”, explica ele, que é um dos responsáveis pelo questionário, ao lado dos pesquisadores Carlos Estevão Leite Cardoso e Éder Jorge Oliveira.
Até o momento, a limpeza de plantas infectadas só é possível em escala de laboratório ou por meio de câmaras térmicas. Por isso, a Embrapa recomenda a utilização de manivas ou mudas com qualidade fitossanitária assegurada, como é o caso das mudas produzidas por maniveiros ligados à Rede de multiplicação e transferência de materiais propagativos de mandioca com qualidade genética e fitossanitária (Reniva).
Outra opção é o uso de câmaras de tratamento térmico, que são estruturas similares a casas de vegetação, produzidas com custo mais baixo, que permitem a limpeza de materiais infectados por meio da utilização de altas temperaturas (até 55° C), com eficiência de até 80% para a maioria dos patógenos de mandioca.
O questionário pode ser acessado aqui. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail saulo.oliveira@embrapa.br.
Léa Cunha (DRT-BA 1633)
Embrapa Mandioca e Fruticultura
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