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Renovabio - política nacional para biocombustíveis foi apresentada a órgãos federais e estaduais dos EUA
Um grupo de especialistas brasileiros foi selecionado pelo Programa Cochran de Bolsas de Estudos sobre Biocombustíveis e Regulamentos dos EUA (Cochran Fellowship Program on U.S. Biofuels and Regulations), coordenado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), para um intercâmbio de conhecimentos ocorrido no período de 14 a 28 de setembro de 2019, em Washington DC, Sacramento CA e Columbia MO.
Conforme a pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente, Marília Folegatti, esse intercâmbio forneceu uma visão geral das cadeias de produção do etanol de milho e do biodiesel de soja nos EUA. Também trouxe informações sobre modelos econômicos para o setor energético, sobre modelos para Avaliação de Ciclo de Vida de biocombustíveis e sobre as políticas estadunidenses para redução de emissões de gases de efeito estufa no setor de transportes. Assim, os participantes puderam discutir questões relacionadas à segurança energética, contexto de mercado, tecnologias de produção mais recentes, bem como relacionadas à criação e implementação das políticas energético-ambientais daquele país.
O RenovaBio – a nova política nacional para biocombustíveis, foi apresentada pela equipe brasileira a órgãos federais e estaduais estadunidenses, como USDA, EPA (Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos) e CARB (Conselho de Recursos Atmosféricos da Califórnia). Também foi apresentado a pesquisadores atuantes na área de políticas públicas energéticas e ambientais (da Universidade do Missouri e da Universidade da Califórina em Davis), bem como a associações de produtores de grãos e de biocombustíveis. Em contrapartida, houve oportunidade de conhecer as principais políticas energético-ambientais dos EUA: RFS (Renewable Fuel Standard Program – U.S. EPA) e LCFS (Low-carbon Fuel Standard – LCFS).
Os especialistas escolhidos pelo programa, além da Marília, foram Marlon Arraes, do Ministério de Minas e Energia (MME) - instituição proponente do RenovaBio; Danielle Conde, da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) – instituição regulamentadora; Rafael Barros e Raquel Henriques, da Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE); Leandro Silva, da Plural - associação de distribuidores de combustíveis, que correspondem à parte obrigada pelo Renovabio a cumprir as metas de descarbonização; e Sérgio Barros, representante do USDA no Brasil. Embrapa e EPE, juntamente com seus parceiros, são as instituições que dão suporte técnico à elaboração e implementação dessa política pública.
"Como resultado dessa interação, pudemos apresentar o Renovabio para o público americano, não apenas do governo, mas também do setor produtivo. Vale lembrar que o etanol de milho norte-americano é exportado para o Brasil e pode se beneficiar dessa política, tendo acesso aos créditos de descarbonização - os CBios”, enfatiza Marília. “A troca de conhecimentos e experiências foi rica e intensa. Muitas das informações serão úteis para os próximos passos da implementação do RenovaBio".
"A política da Califórnia (LCFS) foi uma inspiração para a política brasileira e tivemos oportunidade de conhecer como foi estruturada, como foi implementada, quais foram as principais lições aprendidas e também iniciar as tratativas para o estabelecimento de uma cooperação técnica com o CARB e UC Davis", complementa Marília.
Cristina Tordin (MTB 28499)
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