Os solos de textura leve no Brasil são, em geral, considerados marginais em relação à sua aptidão agrícola. Em razão dos baixos teores de argila e de matéria orgânica, geralmente apresentam baixa capacidade de retenção de nutrientes e de água e, quando mal manejados, podem gerar impactos negativos - associados aos elevados riscos de contaminação das águas subterrâneas por nutrientes e outros poluentes químicos ou a elevada facilidade de ocorrer erosão quando expostos ao impacto direto das gotas de chuva.

Para manter a sustentabilidade agrícola dos ambientes associados a estes solos, é imprescindível conhecer suas limitações e potencialidades com base em critérios identificados no campo e/ou obtidos por meio de análises laboratoriais. Verifica-se que, atualmente, os critérios de campo e de laboratório utilizados para avaliá-los não atendem completamente a este fim, havendo, assim, necessidade de aperfeiçoamento de métodos e de critérios que possibilitem sua distinção de uma forma integrada à recomendação de uso e manejo desses solos.

Utilizando-se de procedimentos metodológicos convencionais, tanto de campo quanto de laboratório em áreas de solos, pretende-se dar subsídios à atualização dos Sistemas Brasileiro de Classificação de Solo e de Avaliação de Aptidão Agrícola das Terras, bem como indicar as técnicas de manejo mais adequadas para os solos de textura leve.