A soloteca da Embrapa Solos, uma das maiores do Brasil, com aproximadamente 30.000 amostras de solo do País (incluindo algumas da África), passará por uma ampla revitalização a partir de agosto.

"As amostras de solo armazenadas na soloteca, depois da nossa equipe, são o bem mais importante do centro de pesquisa. A fim de cumprir eficazmente a sua missão, pretendemos tê-la com a gestão modernizada, possibilitando o pleno e eficiente acesso e utilização das amostras ao público até 2018, incentivando parcerias, pesquisa e inovação no tema solos", conta o pesquisador da Embrapa Solos Maurício Rizzato Coelho.

Essa otimização incluirá a organização das amostras de solos, de dados e publicações a elas relacionadas com procedimentos que vão desde o estabelecimento de um inventário digital para controle pleno das amostras arquivadas, incluindo um banco de dados com trabalhos publicados e dados analíticos e morfológicos completos de perfis de solos estocados, até a elaboração de um Manual da Soloteca da Embrapa Solos, que estabelecerá regras de gestão, de seleção de amostras para estocagem e descarte, de catalogação e política de uso.

Por que guardar amostras de solos?

Amostras de solos arquivadas são patrimônio de inestimável valor científico, porque permitem avaliar mudanças temporais nos atributos do solo, particularmente quando novas ferramentas analíticas tornam-se disponíveis; realizar estudos retrospectivos de balanço de nutrientes e poluentes; calibrar novos métodos de medida em relação aos tradicionais; e redução de custos com pesquisa, uma vez que o trabalho de campo não precisa ser repetido.

A soloteca, que é anterior à fundação da Embrapa (1973), também terá sua temperatura e umidade monitoradas; informações importantes para divulgação dos resultados de pesquisa.

Um dos exemplos para a soloteca brasileira é a da australiana CSIRO (http://www.csiro.au/en/Do-business/Services/Enviro/Soil-archive), que possui mais de 71.000 amostras, retiradas de 9.500 pontos daquele país.