No cenário atual vislumbramos a ocorrência de uma pressão, sem precedentes, sobre as terras, águas e florestas e outros recursos naturais do planeta. Estas pressões provocam impactos negativos ao meio ambiente, o qual fornece uma variedade de bens e serviços de interesse direto ou indireto ao ser humano, cujo custos de recuperação são altos. Uma estratégia considerada como promissora para a reversão do quadro acima apresentado é a garantia dos serviços ambientais, por meio da compensação econômica aos seus provedores e consequentemente a conservação da natureza.

São considerados provedores de serviços ambientais, todos aqueles que preservam, melhoram ou recuperam as condições ambientais de ecossistemas naturais permitindo a oferta constante desses serviços para a sociedade. Nesse contexto, o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) aparece como uma forma de agregar valor monetário aos serviços gerados por produtores rurais (provedores) que adotarem boas práticas de conservação de água e solo, como por exemplo, a manutenção ou reconstituição de matas ciliares, a conservação de matas nativas, plantio direto, entre outras. Em contrapartida, os produtores rurais são remunerados pelos serviços ambientais prestados. Sendo necessário realizar o monitoramento dessas áreas para contribuir para o aperfeiçoamento das técnicas de recuperação de áreas degradadas bem como dos serviços ambientais prestados por essas áreas em recuperação. Serão avaliadas a influência das técnicas de recuperação de áreas degradadas utilizadas no Projeto sobre a qualidade do solo e o controle da erosão. Os resultados esperados neste Projeto coadunam com os objetivos da Unidade, uma vez que a mesma tem realizado atividades com intuito de gerar e multiplicar conhecimento, métodos, ferramentas e tecnologias capazes de transformar os sistemas de produção agropecuária e florestal convencionais em sistemas de elevada geração de serviços ecossistêmicos para a sociedade. Essa estratégia de ação da Unidade visa apoiar políticas públicas, com foco na sustentabilidade, conciliando a geração de renda, o fornecimento dos serviços ecossistêmicos e o bem-estar humano. Estratégia, que reforça o compromisso da Embrapa em alavancar a agricultura brasileira a partir do desenvolvimento de tecnologias que priorizem o uso racional dos recursos naturais. Espera-se, contribuir de forma significativa, para aperfeiçoar metodologias de estudo da erosão através do uso de sensores e automação do processo de monitoramento, bem como aperfeiçoar a interpretação de indicadores expeditos da qualidade do solo.