Este estudo analisou como os plantios mistos de espécies arbóreas nativas podem contribuir para o estoque de carbono na biomassa aérea e no solo, além de ter verificado como influenciam na estabilização da matéria orgânica do solo nas florestas atlânticas do Rio de Janeiro, contribuindo para o cumprimento de acordos internacionais assinados pelo Brasil na área ambiental.
Partiu-se da premissa de que esses plantios podem ter papel fundamental para a manutenção do clima e a conservação da biodiversidade, temas de diversos acordos internacionais. Além disso, a própria restauração florestal é decisiva para a adequação legal das propriedades rurais ao Novo Código Florestal brasileiro (Lei 12.651/2012). A garantia de que a restauração possa desempenhar esses papéis, no entanto, depende de ações de monitoramento que indiquem os benefícios alcançados.
Historicamente, os principais estudos nesse sentido estão restritos ao desenvolvimento das comunidades vegetais. O conhecimento de como se dá a restauração dos processos no solo, principalmente os associados à dinâmica do carbono e da matéria orgânica, foi o mote deste projeto, cujas ações de monitoramento e avaliação dos estoques de carbono no solo foram realizadas em plantios de espécies arbóreas nativas, em remanescentes florestais e em pastagens abandonadas na Reserva Biológica de Poço das Antas, RJ.