Os isótopos estáveis mais utilizados na pesquisa agrícola e ambiental são o 15N e o 13C, que contribuem muito nos estudos de quantificação da fixação biológica de nitrogênio (FBN) em diversas culturas de gramíneas. As técnicas de 15N e 13C são empregadas tanto para quantificar o destino dos adubos nitrogenados quanto o carbono derivado dos resíduos de colheita no sistema solo-planta-atmosfera, contribuindo para a determinação das taxas de emissão de gases de efeito estufa (principalmente CO2, N2O e CH4) e sequestro de carbono no solo. No Brasil, a Embrapa Agrobiologia é uma das únicas instituições que realizam análises de 15N e 13C aplicadas à agricultura.
O laboratório da Embrapa Agrobiologia já deu suporte a projetos de pesquisa que resultaram em tecnologias de grande impacto na economia do País, a exemplo da FBN associada à cana-de-açúcar, na qual as análises estabeleceram que o balanço energético do etanol de cana é altamente positivo, em grande parte em decorrência da economia de fertilizante nitrogenado promovida por estirpes eficientes de bactérias diazotróficas.
Em muitos desses projetos há o envolvimento de outras instituições do Estado e o financiamento por entidades como Faperj e CNPq. Por mais de oito anos, o aparelho analisava uma média anual de 12 mil amostras de 15N e 13C, mas a produção caiu para menos de 6 mil análises anuais, devido a problemas de funcionamento, o que motivou este projeto, que destaca os acessórios e peças de reposição necessários para que o aparelho e o laboratório voltassem a atender às demandas de pesquisa no Estado.