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18/05/22 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação  Transferência de Tecnologia

Embrapa participa de reunião na Frente Parlamentar de Economia Verde

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A gerente de Relações Institucionais e Governamentais da Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas (GRIG/SIRE) da Embrapa, Cynthia Cury, e o chefe-geral da Embrapa Agroenergia, Alexandre Alonso, participaram nesta quarta-feira (18) de um café da manhã promovido pela Frente Parlamentar da Economia Verde, cujo objetivo foi debater o tema “Corredores Sustentáveis: Inserção do Biometano no Transporte Pesado de Cargas”.

O deputado Arnaldo Jardim, presidente da Frente Parlamentar da Economia Verde, iniciou a reunião falando do potencial extraordinário do Brasil no campo do biogás e do biometano e também do cenário internacional que favorece esse setor. “Semana passada estive num evento em Nova Iorque, em rodadas de negociação sobre etanol e açúcar, e é incrível como em todos os debates a questão do biogás saltou de forma significativa”, disse.

“Todos estão avaliando as consequências do conflito entre Ucrânia e Rússia. Num primeiro momento, achávamos que isso poderia significar uma retomada do petróleo como alternativa para a substituição do gás de origem russa na Europa, mas o movimento que se identificou no continente europeu e em vários outros países foi acentuar a migração para as energias renováveis, mais particularmente o biogás”, relatou o deputado. Arnaldo Jardim lembrou que recentemente apresentou o Projeto de Lei N.º 3865/21 para criar o Programa de Incentivo à Produção e ao Aproveitamento de Biogás, de Biometano e de Coprodutos Associados (PL do Biogás).

Glenda Lustosa, secretária de Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços, do Ministério da Economia (ME), falou de algumas iniciativas do Governo Federal envolvendo o biometano, como políticas dirigidas às indústrias para mobilidade e logística verde, com estímulo à adoção de combustíveis renováveis.

“O biometano é um combustível renovável com a mesma qualidade do gás natural para uso no transporte rodoviário de cargas e passageiros. Estamos estruturando uma área dedicada à economia verde no Ministério da Economia para reunir as iniciativas sustentáveis e também ações no setor automotivo, que largou na frente com medidas de sustentabilidade e vem avançando cada vez mais”, disse a secretária.

De acordo com a Associação Brasileira do Biogás (Abiogás), o potencial de produção do biometano no Brasil é de 100 milhões de m³ por dia, sendo a principal fonte de matéria-prima o bagaço da cana-de-açúcar. O aproveitamento desse gás equivaleria a 24% da demanda total de energia elétrica do País, podendo ser utilizado também para o carregamento de veículos elétricos ou para cobrir cerca de 70% da demanda total por diesel. Para efeitos comparativos, na Europa a estimativa de potencial de produção do biometano é de apenas 12%.

O secretário-adjunto da Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, do Ministério de Minas e Energia (MME), Pietro Mendes, falou sobre a inclusão do biometano no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (REIDI), que possibilita a isenção da cobrança do PIS/Cofins para a aquisição de equipamentos e a sua inserção no transporte pesado de cargas.

“O Brasil pode ser o primeiro país do mundo a ter uma legislação de avaliação da mobilidade sustentável de baixo carbono com análise de ciclo de vida do poço à roda”, disse o secretário, lembrando que para isso acontecer é necessário integrar as políticas do RenovaBio ao Rota 2030.

Agricultura permite iniciativas para fomentar biogás e biometano, diz Alonso

Alexandre Alonso, chefe-geral da Embrapa Agroenergia, iniciou a sua fala destacando que o Brasil é um país que tem inequívoca vocação agrícola e para a sustentabilidade, com sistemas produtivos desenvolvidos de maneira limpa. Segundo Alonso, é essa sustentabilidade agrícola que permite que o País tome novas iniciativas para fomentar a produção de biocombustíveis, bioenergia, biogás e biometano.

“A agricultura permite essas iniciativas, e o biogás e o biometano, juntamente com outros biocombustíveis, oferecem a oportunidade de consolidar a agricultura de baixo carbono, a economia verde e a moderna bioeconomia que está nascendo, além da transição energética, promovendo a substituição de combustíveis fósseis por combustíveis de origem renovável”, afirmou Alonso.

Ele lembrou que a Embrapa tem papel importante no desenvolvimento de novas iniciativas de apoio ao programa Combustível do Futuro. “A Embrapa, em particular a Embrapa Agroenergia, tem uma série de ações visando o aproveitamento de resíduos de produção agrícola para a conversão em biogás e biometano e também para a produção de amônia, biofertilizantes e tantos outros produtos”, afirmou.

“Orgulhamo-nos também de ter um papel de apoiador na formulação, implementação e monitoramento de políticas públicas, como ocorreu com o PL do Biogás. E quero colocar a empresa sempre à disposição do parlamento brasileiro para esse tipo de iniciativa”, completou.

Também participaram do evento Cléber Soares, secretário-adjunto de Inovação e Tecnologia, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); Marcelo Mendonça, diretor da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás); e Evandro Gussi, diretor-presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) e idealizador do RenovaBio, entre outros.

O evento foi gravado e está disponível neste link.

Irene Santana (Mtb 11.354/DF)
Embrapa Agroenergia

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