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Convênio de Cooperação Técnica prevê ações de controle e prevenção de doenças em alho e cebola
A região é a do Alto Paranaíba, em Minas Gerais, onde se localizam os municípios de São Gotardo e Rio Paranaíba, importantes produtores de alho e de cebola no Brasil. Por isso, é fácil inferir que problemas que provocam perdas de produção nessas localidades terminam por afetar a comercialização/consumo no resto do País - esse é o caso da podridão-branca, causada pelo fungo Sclerotium cepivorum e considerada como a mais importante entre as doenças que atacam essas hortaliças, ocasionando grandes perdas na produção. O projeto "Controle biológico e manejo integrado de Sclerotium cepivorum em cebola e alho no Brasil: abordagem baseada na caracterização de populações do patógeno e seus agentes de controle" teve, por sinal, suas bases construídas a partir do reconhecimento da gravidade da situação em áreas de cultivo de São Gotardo e do Rio Paranaíba.
Idealizador e líder do projeto na Embrapa Hortaliças (Brasília-DF), o pesquisador Valdir Lourenço Júnior lembra que em 2015, à época da elaboração da proposta que seria submetida ao Sistema Embrapa de Gestão (SEG), e durante visita à Cooperativa Agropecuária do Alto Paranaíba (Coopadap), foi discutida a ideia de uma possível condução dos trabalhos referentes ao controle da doença em experimentos locais. Dessas tratativas, nasceu o Convênio de Cooperação Técnica (CCT), firmado entre os meses de janeiro e fevereiro últimos, entre a Embrapa e a Coopadap. "Como a podridão branca é uma doença com alto poder de destruição e que afeta tanto alho como cebola, foi pensada a possibilidade de uma parceria com a cooperativa para conduzir os experimentos de campo na região do Alto Paranaíba", explica Valdir, responsável técnico do Plano de Trabalho referente ao convênio.
Segundo ele, ficou definido como objetivo geral a seleção de agentes de biocontrole à Sclerotium cepivorum e a sua integração com outros métodos de controle. "A Coopadap vai fornecer a área experimental e auxiliar na condução dos experimentos de manejo da podridão-branca em alho e cebola".
Em linhas gerais, o CCT deverá reforçar as ações da Embrapa na região que, além de alho e cebola, produz também batata e cenoura. Um cenário que, de acordo com o pesquisador, permitirá ampliar as linhas de ação inicialmente previstas. "Especificamente, vamos desenvolver o trabalho de manejo da podridão-branca em alho e cebola e, embora os termos do convênio estabeleçam dois anos de prazo, a perspectiva é manter ações permanentes, devido à proximidade entre as localidades envolvidas", anota Valdir.
Sclerotium cepivorum
A podridão-branca é favorecida por alta umidade e temperatura por volta de 10 a 20°C, ocorrendo na maior parte das regiões produtoras do Brasil, à exceção do Distrito Federal e de Goiás. Os principais sintomas da doença são o amarelecimento da parte aérea, redução do porte e secamento das folhas mais velhas. Com o desenvolvimento da doença ocorre a murcha e o apodrecimento dos bulbos e raízes.
Anelise Macêdo (MTB 2.749/DF)
Embrapa Hortaliças
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