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Boas práticas garantem melhor potencial produtivo da mandioquinha-salsa
Ela é classificada como hortaliça-raiz e apresenta uma grande diversidade com relação ao nome: mandioquinha-salsa, batata-baroa, batata-salsa (mais conhecidos) e outros mais regionais como: cenoura-amarela, batata-aipo, batata-suíça, batata-jujuba e batata-tupinambá. O pesquisador Nuno Madeira, da Embrapa Hortaliças, trabalha com pesquisa e desenvolvimento dessa cultura e, para isso, avalia os caminhos percorridos e desenha um possível cenário futuro.
De acordo com ele, o cultivo da mandioquinha-salsa no Brasil (cerca de 20 mil hectares) é basicamente restrito a uma única variedade: a "Amarela de Senador Amaral", lançada pela Embrapa Hortaliças, em 1998, e rapidamente difundida em Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Espírito Santo, regiões com maior produção no País.
No passado, a mandioquinha-salsa era cultivada exclusivamente por agricultores de base familiar, mas esse panorama vem exibindo algumas mudanças. "Nos últimos anos, tem evoluído o plantio em média e em larga escala nos principais Estados produtores: Paraná e Minas Gerais", anota Madeira, acrescentando que esse crescimento não foi acompanhado pelo aumento no potencial produtivo da hortaliça, em torno de 50 toneladas por hectare.
"A média de produtividade da cultivar no Brasil oscila entre 10 a 12 toneladas por hectare, muito abaixo do seu potencial", observa o pesquisador, que atribui o fraco desempenho à não adoção de boas práticas agrícolas, a começar pelo descuido com os princípios básicos de propagação, o que vem acarretando problemas fitossanitários crescentes.
Também vem prosperando algumas iniciativas que mereceram destaque na visão do pesquisador, que aponta como exemplo exitoso a implantação de campos de mudas no sul de Minas Gerais e no Paraná, desde 2011. A experiência envolve o plantio de mandioquinha-salsa visando à produção de mudas, com manejo específico para tal, priorizando a qualidade genética, fitossanitária e fisiológica do material de propagação.
Futuro
Clones promissores estão em fase de avaliação, representando alternativa interessante para os produtores, visto que é arriscado ter todo o cultivo baseado em uma só variedade, a cultivar Amarela de Senador Amaral. Coordenado por Nuno Madeira, espera-se lançar pelo menos duas variedades até 2015, materiais destacados por sua qualidade e adaptabilidade às condições climáticas das principais regiões produtoras.
Outro ponto importante é a difusão do Sistema de Plantio Direto em Hortaliças, como alternativa ao sistema convencional de preparo de solo, e que vem apresentando bons resultados junto aos produtores de Angelina, município maior produtor de Santa Catarina.
Anelise Macedo (2.749/DF)
Embrapa Hortaliças
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