A reunião da equipe começa cedo no mangueiro da estação experimental da Embrapa Pantanal. Roberto Rondon, auxiliar de pesquisa com mais de 25 anos de Embrapa, está acostumado à rotina do campo. "O sino do café vai bater às 06h. É tomar o café e já mexer o doce", conta, entre risos. O grupo, supervisionado por Hildeberto Valle Petzold, técnico agrícola, conversa e acerta os detalhes do trabalho de gado deste ano na Fazenda Nhumirim. Entre pedidos de proteção a Deus e gritos de incentivo, as atividades começam. O clima de camaradagem da equipe não exclui a seriedade do trabalho: manejo e vacinação dos bovinos contra aftosa, clostridioses, raiva e brucelose (nas fêmeas de 3 a 8 meses), além da vacinação dos cavalos e ovinos. No trabalho de gado também será feita a vermifugação dos animais e checagem para saber quantos têm diagnósticos de gestação, formando, assim, novos lotes. "A gente trabalha com duas equipes, uma pegando o gado no campo e outra no mangueiro. Essas duas equipes têm que interagir bem; é como uma engrenagem. Se uma falhar, todo o processo fica complicado", diz Hildeberto. Com toda a experiência do grupo, não há muito espaço para problemas: dos sete integrantes, pelo menos quatro têm quase 30 anos de casa. Quem se uniu ao time de veteranos mais recentemente foi a pesquisadora Juliana Corrêa, que foi pela primeira vez ao mangueiro de Nhumirim. No primeiro dia, ela ficou responsável pelos diagnósticos de gestação das vacas solteiras. "Eu estou entrando nessa engrenagem, então estou adorando", diz a pesquisadora. A previsão é que o trabalho de gado em Nhumirim seja concluído nesta sexta-feira.