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Circular Técnica reúne informações sobre ocorrência, danos e prevenção de viroses em pimenteiras
A utilização de ferramentas que possibilitem o acesso rápido e fácil aos resultados de pesquisa tem sido uma prática adotada pela Embrapa Hortaliças (Brasília-DF), que vem disponibilizando suas publicações para download. Uma das mais recentes é a Circular Técnica nº 169 “Principais viroses que afetam a pimenteira (Capsicum spp) no Brasil”, que reúne informações sobre as espécies virais que possuem registro de ocorrência na cultura da pimenta.
A publicação aborda questões envolvendo sintomatologia, transmissão, epidemiologia, medidas de manejo da doença e insetos vetores, temas trabalhados pelos pesquisadores Miguel Michereff Filho (entomologia), Mirtes Lima (fitopatologia), Cláudia Ribeiro e Sabrina Carvalho (melhoramento genético de plantas), que compartilham a edição da Circular Técnica, disponível no link (www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/1112701).
A importância de facilitar o acesso a informações sobre os impactos provocados pelas viroses nas pimenteiras pode ser medida pela preocupação dos autores quanto à descrição de cada vírus, assim como os resultados do monitoramento desses patógenos nas plantas, realizado no período de 2009 a 2012.
Durante três anos, procedeu-se à avaliação de infecção viral em 1.430 amostras de pimenteiras (malagueta, bode, habanero, dedo-de-moça, biquinho, calabresa e jalapeño) coletadas no Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais, cujos resultados estão relatados na CT. Esse trabalho, por sua vez, reforçou a compreensão acerca da necessidade de incorporar o monitoramento às ações de manejo da cultura da pimenta.
Os autores assinalam que a maneira mais eficiente e econômica para prevenir os danos causados por insetos vetores e viroses associadas é através do monitoramento periódico do cultivo, de modo que as infestações e doenças possam ser detectadas no seu início.
Cultivares resistentes
A Embrapa Hortaliças possui um programa pioneiro de melhoramento genético de pimenteiras, no qual foram desenvolvidas cultivares resistentes a espécies virais que pertencem aos grupos de vírus mais frequentemente detectados nas lavouras de pimenta no Brasil, como os tospovírus e os potyvírus.
As cultivares BRS Mari (dedo-de-moça), BRS Moema (biquinho), BRS Juruti e BRS Nandaia (habanero) fazem parte desse grupo e, vale destacar, já estão disponíveis no mercado.
Anelise Macedo (MTB 2.749/DF)
Embrapa Hortaliças
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