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06/11/15 |   Transferência de Tecnologia

Embrapa Pantanal leva tecnologias a produtores de Bonito

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Foto: Nicoli Dichoff

Nicoli Dichoff - Representantes da unidade ministraram palestras no sindicato rural da cidade

Representantes da unidade ministraram palestras no sindicato rural da cidade

Nesta quinta-feira, a Embrapa Pantanal esteve em Bonito (MS) para uma conversa com os produtores rurais da região sobre a anemia infecciosa equina (AIE) e sobre as alternativas desenvolvidas pela unidade para aprimorar as atividades agropecuárias do estado. A ação foi realizada em parceria com o Sindicato Rural de Bonito e reuniu diversos criadores da região. 
 
Durante a noite do dia 05, o evento foi aberto pelo supervisor do Núcleo de Comunicação Institucional da unidade, Thiago Coppola. Depois, a chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento, Aiesca Pellegrin, conversou com os produtores sobre as tecnologias elaboradas ou apoiadas pela Embrapa Pantanal para melhorar a qualidade do trabalho desenvolvido no campo. Entre os tópicos abordados pela chefe-adjunta estiveram o trabalho de conservação de espécies localmente adaptadas, como o Cavalo Pantaneiro, controle de espécies invasoras, melhoramento genético de peixes e vários outros temas. 
 
O evento foi finalizado com a palestra da pesquisadora Márcia Furlan sobre anemia infecciosa equina, uma doença que ataca apenas equídeos (cavalos, jumentos, burros e mulas). A pesquisadora falou sobre a causa da AIE – um vírus semelhante ao da AIDS – e as formas de preveni-la, já que a doença não tem cura. Para isso, é preciso evitar o contágio, que acontece pelo contato com o sangue dos animais contaminados. A pesquisadora recomenda a higienização de freios e bridões (lavando-os com água e sabão), o fim do uso da espora pontuda e o uso de agulhas e seringas descartáveis como formas de impedir o avanço da doença.
 
Durante a palestra, a pesquisadora esclareceu algumas dúvidas dos participantes, como a influência da mutuca no contágio dos animais. "A mutuca pode infectá-los, mas ela é muito preguiçosa. Se você mantiver os seus cavalos a uma distância de aproximadamente 200 metros de animais contaminados, ela simplesmente não irá voar até lá", afirma Márcia. De acordo com a pesquisadora, o grande vilão do contágio continua sendo a falta de manejo sanitário nas tropas. Por isso, as ações citadas acima são tão importantes.
 
Para Marcelo Bertoni, presidente do Sindicato Rural do município, essas informações são ainda mais importantes em uma cidade como Bonito. "Aqui, esses animais têm relação com o ecoturismo. Tem muito passeio que oferece o cavalo para fazer cavalgadas nas fazendas, por exemplo (...). Então, o evento de hoje foi de boa valia. Acho que quem veio aqui saiu bem entendido sobre como se transmite a AIE – e saiu entendendo, também, que não é uma doença que se cura".
 
Lourenço D'Avila, trabalhador rural que veio assistir à palestra, diz que lida com cavalos desde criança. Ele conta que passou a limpar as tralhas dos animais com mais frequência e a usar materiais descartáveis no trabalho com o sangue dos animais ao conversar com técnicos e veterinários sobre a doença. "É importante cuidar por causa da saúde do animal. Para poder manter a montaria e o serviço também, né? Senão, não tem como trabalhar!", diz, sorrindo. 
 

Nicoli Dichoff (MTb 3252/SC)
Embrapa Pantanal

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