O objetivo é gerar e disponibilizar informações e tecnologias relacionadas ao redesenho de agroecossistemas familiares que possibilitem a transição agroecológica e potencializem a comercialização dos produtos da agricultura familiar em cenário de pós-pandemia. Por meio da constituição de dois laboratórios de inovação social interligados, um em Sergipe e outro em Alagoas, serão geradas ferramentas digitais de suporte ao redesenho participativo desses agroecossistemas e à comercialização em circuitos curtos; e ativos tecnológicos para redesenho dos agroecossistemas familiares em transição agroecológica. Essas soluções buscam enfrentar três problemas que se agravaram com a pandemia: a carência de instrumentos participativos de redesenho de agroecossistemas familiares com base em princípios que possibilitem aos atores locais o planejamento, monitoramento e a análise da transição agroecológica; a falta de inovações agroecológicas (conhecimentos tecnológicos) que favoreçam a organização e a ampliação da produção de alimentos de origem vegetal e animal em agroecossistemas em transição e contribuam para a obtenção ou manutenção do Selo SisOrg de unidades produtivas familiares; e a dificuldade de alinhamento entre a produção e a comercialização dos produtos orgânicos e agroecológicos, agravada pelo distanciamento entre agricultores e consumidores. Integram a parceria a Embrapa Alimentos e Territórios, Embrapa Semiárido e Embrapa Tabuleiros Costeiros, as Redes de Agroecologia Bem Viver, em Alagoas, e Plantar para a Vida, em Sergipe, além de grupos de agricultores familiares que constituem os Sistemas Participativos de Garantia (SPG). Contribuem, ainda, a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), a Universidade Federal de Sergipe (UFS), o Instituto Federal de Alagoas (Ifal), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).