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Diversidade genética e Fingerprint molecular de porta-enxertos de citros via marcadores IRA.

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Autoria: SOUZA JUNIOR, L. C. de; PENA, L. de C.; RAMOS, A. P. de S.; OLIVEIRA, S. A. S. de; GESTEIRA, A. da S.; SOARES FILHO, W. dos S.; FERREIRA, C. F.

Resumo: Resumo - Em 2020, a citricultura movimentou um volume de 22 bilhões de dólares no mercado mundial, com 60% representado pela laranja doce (FAO, 2022). A produção mundial de suco de laranja em 2020/21 ficou em torno de 1,6 milhão de toneladas, com a produção brasileira alcançando 1 milhão de toneladas, consolidando o Brasil como o maior produtor mundial e responsável por 62,5% do total de suco de laranja produzido. No entanto, a citricultura brasileira está sujeita a vários fatores de risco, bióticos e abióticos devido à estreita base genética do gênero Citrus, o que torna a identificação de fontes de resistência/tolerância a estes riscos um processo difícil. Desse modo, torna-se importante a busca pela ampliação da diversificação de variedades de porta-enxertos nos pomares brasileiros. Uma das ferramentas para se obter esse conhecimento é a caracterização molecular que também permite a identificação de espécies, híbridos ou variedades cítricas por meio de fingerprints moleculares. Esse perfil eletroforético pode ser utilizado para assegurar os direitos dos viveiristas/melhoristas em caso de contestação de idoneidade/identidade, principalmente em culturas que se propagam vegetativamente. Também proporciona uma caracterização mais aprofundada de acessos de um banco de germoplasma. O principal objetivo do presente trabalho foi avaliar a diversidade genética de 12 porta-enxertos de citros lançados pelo Programa de Melhoramento Genético de Citros (PMGC) da Embrapa Mandioca e Fruticultura e estabelecer os perfis moleculares destes a. partir de combinações de primers de marcadores IRAP (Inter-Retrotransposon Amplified Polymorphism). Para a formação dos perfis eletroforéticos dos fingerprints moleculares, foram utilizadas duas metodologias: i) uma com base no software GENES, por meio do comando fingerprint; e a outra ii) utilizando o software ?R? com os pacotes vegan e poppr (Cruz, 2016; R Development, 2016). Foram gerados 124 bandas, ou fragmentos, a partir da combinação de 11 primers IRAP. Com base no software GENES, 14 marcas em 124, foram selecionadas para identificar os 12 PEs, com as principais marcas oriundas das combinações, Sukkula + Nikita (M21, M22), 3´LTR + LTR6149 (M37, M48), CO795 +CO945 (M56, M57, M61), CO795 + Stowaway (M66, M67, M70, M72), 9900 + CO699) (M78, M82) e 5´LTR + 3´LTR (M90). Já o software ?R?, pacotes vegan e poppr, identificou que as primeiras 13-14 bandas do IRAP 5´LTR + Nikita (M1 a M13 ou M14), já podem ser consideradas suficientes para se obter um perfil eletroforético polimórfico entre os 12 PEs. As distâncias genéticias entre os acessos variaram de 0.52 a 0.96, com correlação cofenética de 0.9323. Os PEs foram agrupados em sete grupos, com o genótipo BRS Stuchi, enquadrado em um único grupo, separando-se dos demais. Criou-se o MIP (Molecular Identification Profile) para cada PE e todos são identificados via códigos de resposta rápida (QR) de forma a agilizar as informações pertinentes e específicas para cada um. Esses resultados serão importantes para, além de assegurar os direitos dos viveiristas/melhoristas, também agregar informações desses PEs junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)

Ano de publicação: 2022

Tipo de publicação: Folhetos