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Meliponicultura ganha projeto para divulgação da ciência
Foto: Cristiano Menezes
Estimativas em florestas tropicais sugerem que até 80% das espécies vegetais são polinizadas por abelhas e que mais de 70% de toda a alimentação humana dependa do trabalho das abelhas
A Embrapa Amazônia Oriental aprovou um projeto de divulgação científica em parceria com a Universidade Federal do Pará. Sob a coordenação do pesquisador Cristiano Menezes, a proposta foi submetida à chamada pública do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que busca apoiar a criação e o desenvolvimento de Centros e Museus de Ciência e Tecnologia.
O projeto pretende utilizar as abelhas sem ferrão para conscientizar crianças, jovens e adultos a respeito da importância da conservação da biodiversidade e disseminar a meliponicultura como alternativa de renda para agricultores familiares. Para tanto, será estruturado um espaço para visitação interativa, formado por um roteiro de quatro locais: sala multimídia, trilha ecológica, meliponário e espaço da polinização. "Esse espaço será utilizado para visitas de escolas de todos os níveis, produtores, adultos, grupos de idosos e interessados em geral. O local também será destinado à realização de cursos básicos e avançados a fim de capacitar os produtores para início e aprimoramento da criação de abelhas sem ferrão", explica o pesquisador.
Segundo Cristiano, a grande importância ecológica e econômica das abelhas é resultado de seu hábito alimentar, por serem dependentes das flores para obter o néctar e o pólen. Estimativas em florestas tropicais sugerem que até 80% das espécies vegetais são polinizadas por abelhas e que mais de 70% de toda a alimentação humana dependa do trabalho das abelhas. "Ao visitar as flores as abelhas contribuem com um importante serviço ambiental, a polinização, ou seja, a transferência dos grãos de pólen das partes masculinas para as partes femininas das plantas", afirma o pesquisador.
As atividades terão inicio em 2014 e se estenderão por três anos, o prazo do projeto. A expectativa é receber a cada mês cerca de 120 pessoas para visitações. Já os cursos de capacitação devem atender cerca de 30 agricultores por mês.
Vinicius Soares Braga (MTb 12416/RS)
Embrapa Amazônia Oriental
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