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Diretor da Embrapa visita centro de trigo
Foto: Luiz Henrique Magnante
Diretor Ladislau Martin Neto, pesquisador Alfredo do Nascimento Junior e Chefe de Pesquisa Ana Christina Albuquerque
O Diretor Executivo de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Ladislau Martin Neto, esteve em Passo Fundo, RS, nos dias 13 e 14/10, para conhecer os trabalhos que estão sendo desenvolvidos na Embrapa Trigo.
Um conjunto de experiências em produção intensiva e sustentável fez parte da visita do Diretor Ladislau Martin Neto, como os experimentos de longa duração, que avaliam o impacto dos sistemas de produção de grãos na mesma área há mais de décadas. No total são 11 experimentos na Unidade, entre eles o mais antigo, que avalia o plantio direto e a rotação de culturas desde 1975. Outras pesquisas que chamaram a atenção do dirigente foram os trabalhos de ajuste fitotécnico para orientar a entrega dos produtos tecnológicos à sociedade. "O avanço do trigo e demais cultivos de inverno depende da inserção e adequado posicionamento em sistemas de produção que contemplam outras culturas e, inclusive, animais", explicou a Chefe Adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Trigo, Ana Christina Albuquerque.
Além de conhecer os principais projetos de pesquisa na Embrapa Trigo, Ladislau Martin Neto também compartilhou com os empregados a visão de futuro da Embrapa para o desenvolvimento tecnológico da agricultura brasileira. "Estamos com o desafio de alimentar 7 bilhões de pessoas no mundo, número que deverá chegar a 10 bilhões de pessoas em 2050. Ainda mais desafiador é saber que este crescimento populacional está concentrado na África do Sul e na Ásia, onde a renda e os níveis de produtividade agrícola são mais baixos", alerta o pesquisador, destacando o papel da Embrapa como empresa de excelência em pesquisa agropecuária na criação de soluções e transferência de tecnologias capazes de aumentar a produção de alimentos no mundo de forma sustentável.
Investimentos
Para atender desafios desde a agricultura familiar à agricultura de precisão, no período 2012 a 2014, o orçamento da Embrapa foi de 2,53 bilhões de reais, investidos principalmente na infraestrutura dos centros de pesquisa, muitos com a mesma base da década de 70, quando a Embrapa foi criada.
Na Embrapa Trigo, 46 km de terraços com mais de 20 anos foram retirados para a construção de outros 35 km de terraços através de um novo modelo para se adaptar às máquinas que se modernizaram e reter a água da chuva nos campos de pesquisa. A reformulação do campo, com a sistematização e o georreferenciamento da área, construção de estradas, desaguadouros e cercas também foram resultado da disponibilização de recursos na empresa. "Os campos experimentais são área nobre num centro de pesquisas voltado à produção de cultivares e sistemas de manejo. É diferente de lavoura, porque as parcelas dos experimentos não preenchem toda a área, restando alguns espaços sem plantas ou palhada, a pressão no solo é maior, o que exige muita sistematização para reduzir o impacto e garantir a qualidade dos trabalhos", explica o gestor dos campos experimentais da Embrapa Trigo, Ricardo Costa Leão.
Os investimentos na unidade de Passo Fundo, acima de 8 milhões de reais em dois anos, refletiram também nos laboratórios e estruturas de apoio, onde também estão os maiores custos da pesquisa: "Um importante investimento foi a reforma das casas de vegetação, com mais automatização do sistema e melhoria nos processos que dependem do ambiente artificial para gerar resultados de pesquisa. São ações que dependem de recursos diretamente relacionados à gestão da empresa com uma visão de futuro", avalia o Chefe Adjunto de Administração da Embrapa Trigo, Osvaldo Vasconcellos Vieira. Segundo ele, a aquisição de máquinas agrícolas e implementos, bem como as melhorias na infraestrutura, partiram das necessidades apontadas pelos empregados através de grupos de trabalhos relacionados aos setores beneficiados com as compras.
Agropensa
Um dos destaques do trabalho da atual gestão da Embrapa, segundo o Diretor Ladislau Martin Neto, é o Sistema de Inteligência Estratégica da Embrapa – Agropensa, lançado neste ano como parte da estratégia da Embrapa para responder aos grandes desafios da agropecuária nas próximas décadas.
De acordo com Ladislau, a plataforma Agropensa auxiliará no delineamento de cenários prospectivos e na identificação de tendências do setor agropecuário. O conhecimento gerado vai orientar a decisão e o planejamento da empresa, para quem a visão estratégica é fundamental para nortear o seu processo de produção. Como etapa inicial do Agropensa, acaba de ser publicado o documento ‘Visão 2014-2034', que mostra as principais tendências tecnológicas da agropecuária, as experiências que podem colaborar com a competitividade e a sustentabilidade do setor e sobre como o trabalho da Embrapa pode impactar o mundo.
Joseani M. Antunes (9693 MTb/RS)
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