Termina nesta sexta (14) no campus da UEPA, em Marabá, mais uma edição curso “Adequação Ambiental da Propriedade Rural”, promovido pelo Projeto Biomas, uma parceria da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da Embrapa. “Depois do Cadastro Ambiental Rural (CAR), os órgãos estaduais de meio ambiente precisam estabelecer os seus Programas de Regularização Ambiental (PRA) para definir quais serão as diretrizes de correção desses passivos ambientais. É aí que entra o Projeto Biomas. Estamos passando informações úteis tanto para eles quanto para quem vai ser multiplicador desses conhecimentos”, afirmou a coordenadora executiva do Projeto Biomas na CNA, Cláudia Rabello. As aulas são voltadas, prioritariamente, para representantes de órgãos estaduais de meio ambiente e técnicos de entidades como o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), que irão auxiliar os produtores nas adequações. Edições semelhantes aconteceram anteriormente nos biomas Cerrado e Mata Atlântica. Para Rejane Falcão, técnica do Senar de Tocantins, disseminar as informações sobre legislação ambiental e como se adequar a ela é fundamental para diminuir o passivo que ainda existe no segmento produtivo. O Senar atua nos 139 municípios do estado do Tocantins capacitando técnicos e produtores nos biomas Cerrado e Amazônia. “As informações técnicas repassadas no curso foram bastante acessíveis e de fácil execução por parte dos produtores, que poderão definir melhor como recuperar suas áreas”, completa a técnica. O curso também abordou a coleta, extração, secagem e beneficiamento de sementes, produção de mudas de espécies nativas da Amazônia, além de estratégias de recuperação de áreas degradadas e recomposição florestal, em uma parceria com o Fundo Amazônia. “A área do projeto Biomas, em Marabá, tornou-se uma vitrine a céu aberto, um espaço de ensino, tanto para produtores, como para técnicos e estudantes, contribuindo para a disseminação de tecnologias e formação de profissionais mais preparados para os desafios que a região apresenta”, afirma Seidel Santos, professor do curso de Engenharia Florestal, da UEPA, campus Marabá. Projeto Biomas – Iniciado em 2010, é fruto de uma parceria entre a CNA e a Embrapa, com a participação de pesquisadores e professores de diferentes instituições. Os estudos terão um prazo de duração de nove anos e estão sendo desenvolvidos nos seis biomas brasileiros para viabilizar soluções com árvores para proteção, recuperação e o uso sustentável em propriedades rurais.