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25/05/22 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação  Transferência de Tecnologia

Rota da fruticultura: segunda fase é lançada na Agrobrasília

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Foto: Juliana Caldas

Juliana Caldas - Chefe-geral da Embrapa Cerrados durante evento de lançamento da fase dois da Rota da Fruticultura na Agrobrasília

Chefe-geral da Embrapa Cerrados durante evento de lançamento da fase dois da Rota da Fruticultura na Agrobrasília

A segunda fase da Rota da Fruticultura RIDE-DF foi lançada na última quinta-feira (19) dentro da programação de eventos da Agrobrasília 2022. Trata-se de um projeto do Ministério do Desenvolvimento Regional que envolve diversas instituições dos setores público e privado. Uma dessas instituições é a Embrapa, responsável por fornecer o respaldo científico e tecnológico da iniciativa.

“Isso aqui é uma construção. Estamos aqui hoje para dar mais um passo em direção ao nosso objetivo, que é criar e fortalecer nessa região um novo polo frutícula do Brasil. Tudo está sendo feito com muito critério e cuidado. É preciso que haja uma base e a base precisa ser científica e tecnológica”, afirmou o chefe-geral da Embrapa Cerrados, Sebastião Pedro.

Uma ação já realizada, destacada pelo chefe-geral da Embrapa Cerrados, foi a Capacitação em Fruticultura Tropical, evento promovido pela Embrapa entre junho de 2021 e abril de 2022. O treinamento on line e gratuito foi realizado de 15 em 15 dias. No total, foram apresentadas 22 palestras técnicas com profissionais de diferentes unidades da Embrapa e de instituições de pesquisa parceiras.

Todo o material da Capacitação está disponível no canal da Embrapa no Youtube e na página da Embrapa Cerrados para acesso gratuito. “Essa é uma forma de aproximar a ciência que é feita pela Embrapa dos pomares de vocês. Estamos trabalhando com muito empenho para desenvolver essa parte da agricultura (fruticultura) que dentre todas tem o maior valor agregado”, afirmou Sebastião.

“Estamos fazendo tudo isso não para gerar renda, mas sim riqueza no campo”, destacou o coordenador da Rota, Luís Curado. Segundo ele, a ideia é disseminar uma nova mentalidade de produção na região. “Na fruticultura não se pode produzir, colher e vender; assim o produtor fica nas mãos de quem compra. Temos que vender, plantar e colher. É assim que vamos trabalhar, com as safras vendidas antes da colheita”, afirmou.

Curado fez durante o evento um balanço das atividades realizadas na primeira fase da Rota, lançada em junho de 2021. “Identificamos os problemas, as causas e fomos atrás das soluções. Agora, essas soluções são a base dessa segunda etapa que está começando agora”, explicou. Segundo ele, durante o ano passado foram realizadas seis reuniões de mobilização em menos de 100 dias com o objetivo de motivar o engajamento do setor agrícola da RIDE-DF para o cultivo de frutas. A região é formada por 33 municípios de Goiás, Minas Gerais, além do DF.

De acordo com Curado, a Rota já iniciou o caminho para a criação do mais novo polo frutícula do Brasil na RIDE-DF voltado para as frutas vermelhas (berries): morango, mirtilo, amora e framboesa. Segundo ele, o polo do morango já estabelecido será reformulado e reestruturado e haverá o incentivo cada vez maior à produção da amora preta gigante. Haverá espaço e incentivo, também, para as outras culturas da região já exploradas como goiaba, mamão, maracujá, uva, abacate, limão, jabuticaba, acerola e pitaya, além dos frutos do Cerrado que, segundo ele, são um excelente meio de geração de renda para pequenos produtores em áreas com aptidão para o extrativismo.“Agricultores com produção de baru, cagaita, jatobá, mangaba e outros têm espaço e apoio para o cultivo, processamento e comercialização”.

A Rota também prevê a implantação de polos de produção de açaí e mirtilo na região, com fornecimento de mudas e assistência técnica aos produtores e informações sobre protocolos de produção e processamento. Um lote com mudas de açaí e mirtilo será disponibilizado às cooperativas selecionadas para a implantação de 100 módulos de um hectare, no caso do açaí, e 10 módulos de dois mil metros de mirtilo, com foco no desenvolvimento, validação e demonstração de técnicas avançadas de cultivo dessas culturas em condições de Cerrado. “A ideia é que os viveiros sejam certificados pela Embrapa, que disponibilizará cultivares de origem e qualidade comprovadas”, afirmou.

Rotas de Integração Nacional – a Rota da Fruticultura RIDE-DF é uma das Rotas de Integração Nacional, redes de arranjos produtivos locais associadas a cadeias produtivas estratégicas capazes de promover a inclusão produtiva e o desenvolvimento sustentável das regiões brasileiras priorizadas pela Política Naiconal de Desenvolvimento Regional (acesse aqui mais informações).

O objetivo da Rota da Fruticultura é profissionalizar a cadeia produtiva da fruticultura, integrando os subsistemas de insumos, produção, extrativismo, processamento e comercialização, por meio da criação de sistemas agroflorestais, agroindustriais e de serviços especializados. São parceiros o Ministério do Desenvolvimento Regional, CODEVASF, CONAB, além da Embrapa, com apoio da Superintendência Federal de Agricultura do Distrito Federal (SFA/DF), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), SENAR-DF, EMATER-DF e Organização das Cooperativas do DF (OCDF). 

Para o diretor-presidente da Codevasf, Marcelo Moreira, a Rota da Fruticultura são os produtores rurais, pequenos, médios e grandes, do DF e entorno, que estão organizados e trabalhando de forma ordenada para agregar valor a seus produtos e crescer. “Nós estamos apenas apoiando esses produtores, junto com a Embrapa, a Conab, o Senar e a Emater, e com todos esses outros órgãos federais que tem o único objetivo de desenvolver e dar oportunidade para todos crescerem e serem independentes”, finalizou.

Rota na Feira – os produtores rurais puderam ainda contar na Agrobrasília com um espaço reservado à Rota da Fruticultura, instalado no mesmo local destinado à Embrapa. No estande, houve degustação de frutas dos produtores da Rota, tais como o mirtilo (Ouro Azul) e a amora (Amore Nutre), além de sucos, geleias e açaí. Também foram apresentadas informações sobre o cultivo das variedades, comercialização, exportação, técnicas de embalagem, dentre outros assuntos.

Sistemas orgânicos e vinhos no Planalto Central

A programação da quinta-feira (19) da Embrapa na Agrobrasília contou ainda, na parte da manhã, com uma visita técnica às unidades demonstrativas dos sistemas agrossilvipastoril orgânico e de produção de ovos orgânicos, trabalho desenvolvido em parceria com a Emater-DF. As unidades demonstrativas instaladas na Agrobrasília apresentaram diferentes tecnologias desenvolvidas pela Embrapa Cerrados e Embrapa Suínos e Aves em sistema orgânico.

De acordo com o pesquisador João Paulo Guimarães, o sistema agrossilvipastoril é uma modalidade do sistema agroflorestal que possui em sua estrutura os componentes pastagem-animal, culturas agrícolas e florestal. Já a produção orgânica de ovos é uma excelente opção para os produtores familiares.

Na parte da tarde, foi realizado o Fórum “A produção de vinhos finos no Planalto Central e suas potencialidades” que contou com a participação do pesquisador da Embrapa Uva e Vinho, Giuliano Pereira, Vander Valduga, da UFPR, e Murilo de Albuquerque, como personalidade 2021 da vitivinicultura brasileira. Após o Fórum, foi realizada uma degustação de vinhos. E durante todo o dia o estande da Embrapa recebeu visitas de produtores, estudantes, público em geral interessado nos temas, além de parlamentares (ver fotos). 

Acesse aqui mais informações sobre a Rota da Fruticultura RIDE-DE
Acompanhe ainda informações nas redes sociais Instagram: @rotafruticulturaridedf e website: www.rotafruticulturaridedf.com.br   

Juliana Caldas (MTb 4861/DF)
Embrapa Cerrados, com informações da Assessoria de Comunicação da Rota da Fruticultura

Contatos para a imprensa

Telefone: 61 3388 9945

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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