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Seleção de metabólitos secundários de plantas com potencial uso no manejo de Helicoverpa armigera

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Foto: ARAÚJO, Sebastião José de

A Helicoverpa armigera (Lepidoptera: Noctuidae) é uma espécie polífaga, ou seja, se alimenta de várias culturas, cujas larvas foram registradas em mais de 180 espécies de plantas cultivadas e nativas, em cerca de 67 famílias hospedeiras. Apresenta ampla distribuição geográfica, sendo registrada na Europa, Ásia, África e Oceania. Até o início de 2013, não havia sido oficialmente registrada no continente americano, sendo até então considerada praga quarentenária A1 no Brasil. Hoje, ataca principalmente as culturas de tomate, soja, milho e algodão e já causou danos significativos para os produtores rurais, com prejuízos estimados em R$ 2 bilhões nas duas últimas safras, no Brasil. Os estados brasileiros que já foram afetados por essa praga são MT, MS, MG, BA, PA, GO, PR, SP, MA e PI. O Estado da Bahia é um dos que mais tem sofrido com essa praga, com prejuízos calculados em R$ 1 bilhão. No algodão, os gastos passaram de US$ 400 para US$ 800 por ha.

Os adultos apresentam grande potencial reprodutivo e um alto poder de dispersão (até 1.000 km de distância em 2 a 3 dias). O hábito alimentar polífago potencializado pelos danos causados às estruturas reprodutivas e associado a uma alta capacidade de dispersão e adaptação a diferentes cultivos, tende a favorecer o aumento da incidência da espécie H. armigera que desenvolve resistência com muita facilidade. Estudos realizados em outros países já demonstram a resistência desta praga a piretróides, carbamatos e organofosforados.

Com o intuito de conter a H. armigera, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) autorizou a importação e aplicação de produtos registrados em outros países, que tenham como ingrediente ativo único o benzoato de emamectina. A autorização foi publicada no DOU em 4 de abril de 2013. Inseticidas vegetais têm sido apontados como alternativas promissoras aos inseticidas químicos sintéticos no manejo de pragas agrícolas, por apresentarem riscos reduzidos para o ambiente e para a saúde humana. Essas substâncias são mais rapidamente degradáveis que os compostos sintéticos, por serem muitas dessas sensíveis à luz solar, à umidade ou ao calor. Relatos na literatura apresentam resultados satisfatórios no controle de H. armigera utilizando-se produtos naturais à base de plantas. Os inibidores de proteases são uma das mais estudadas classes de proteínas de defesa de plantas. Agem na redução da capacidade de digestão dos insetos através da inibição das proteases do intestino, prejudicando, assim, seu desenvolvimento e crescimento. Com base no exposto este projeto tem por objetivo identificar metabólitos secundários de plantas (óleos essenciais, extratos vegetais e inibidores de proteases) a serem utilizados na formulação de novos inseticidas para o controle de H. armigera.


Situação: concluído Data de Início: Thu May 01 00:00:00 GMT-03:00 2014 Data de Finalização: Sat Dec 31 00:00:00 GMT-03:00 2016

Unidade Lider: Embrapa Meio Ambiente

Líder de projeto: Jeanne Scardini Marinho Prado

Contato: jeanne.marinho@embrapa.br

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