A cebola e o alho são aliáceas de grande importância socioeconômica para o agronegócio e, principalmente, para a agricultura familiar por empregar milhares de pessoas e gerar grande volume de renda na cadeia produtiva com valor de produção ao redor de dois bilhões de reais. No entanto, o principal fator limitante na produção dessas duas culturas é a ocorrência da podridão-branca, causada pelo fungo de solo Sclerotium cepivorum. A doença, que ocorre nas principais regiões produtoras do sul do país e de estados como São Paulo e Minas Gerais, pode causar perdas totais de produção em condições de alta umidade e temperatura na faixa de 10 a 20°C. Os principais sintomas da doença são o amarelecimento da parte aérea, redução do porte e secamento das folhas mais velhas, murcha e apodrecimento de bulbos e raízes. Como o fungo produz estruturas de resistência que sobrevivem por volta de 20 anos no solo, há poucos métodos de manejo da podridão-branca no Brasil. Dessa forma, o principal objetivo nesse projeto é selecionar agentes de biocontrole a Sclerotium cepivorum e integrá-los com outros métodos utilizados no manejo da podridão-branca em cebola e alho. Os objetivos específicos são obter isolados, selecionar e identificar agentes de controle biológico de S. cepivorum, avaliar a reação de genótipos de cebola e alho a S. cepivorum, avaliar a eficiência de indutores de germinação de escleródios, analisar a diversidade molecular de isolados de S. cepivorum associadas com o cultivo de cebola e alho, avaliar a eficiência de agentes promissores de controle biológico, avaliar a eficácia da biofumigação e solarização na redução da viabilidade de escleródios, e avaliar a integração do uso de agentes de biocontrole, indutores de germinação de escleródios, fungicidas e genótipos de alho e cebola no manejo da podridão-branca em condições de campo.