O Plantio Direto, conduzido sob o modelo de produção praticado ao longo da década de 1970 a meados da década de 1980, com monocultivo de soja em sequência a culturas de inverno ou ao pousio invernal e uso intensivo e recorrente de corretivos e fertilizantes na superfície do solo, tem gerado degradação biológica, física e química do solo. Em termos econômicos, o Plantio Direto tem contribuído para elevar os custos de produção, estagnar a produtividade e a rentabilidade da lavoura, colocando em risco o retorno econômico dos investimentos requeridos pela incessante modernização da agricultura e, com ênfase, o abastecimento de matéria-prima às inúmeras cadeias agroalimentares. É premente a expansão da adoção do Sistema Plantio Direto (SPD) como tecnologia conservacionista, com ênfase à diversificação de culturas, estruturada pelo processo colher-semear e a participação de gramíneas de verão. O SPD adotado sob este rol de preceitos conservacionistas na Região Fisiográfica do Planalto Serrano de Santa Catarina promoverá redução de perdas por erosão e otimização do uso de insumos com redução de custos de produção, desestagnando a produtividade, assegurando produção agrícola e garantindo eficiência econômica aos sistemas agrícolas produtivos sob cultivo de espécies anuais. Nesse contexto, o projeto propõe a aprimorar modelos de produção que otimizem a oferta ambiental da Região Fisiográfica do Planalto Serrano de Santa Catarina com critérios de sustentabilidade, a partir do diagnóstico físico e químico do solo associado à implementação de tecnologias de natureza mecânica e química, ou seja, converter a atual dominância do Plantio Direto pela adoção do Sistema Plantio Direto. O projeto será conduzido em escala de estabelecimentos rurais, em ambientes relevantes de produção agrícola, servindo como campos de demonstração em capacitações de consultores, assistentes técnicos, extensionistas e produtores rurais.