A evolução da produção, da área colhida e da produtividade em grãos, entre os anos de 1974 e 2021, é apresentada na Tabela 2, onde os dados estão segmentados em dois períodos: 1974–2000 e 2000–2021. No primeiro intervalo (1974 a 2000), a área cresce 0,41% ao ano, a produção 2,98% e os rendimentos físicos 2,57%. No segundo período (2000 a 2021), a produção cresce mais de 5,12% ao ano, a área colhida 2,69% e os rendimentos 2,43%. São dados que comprovam empiricamente um “novo momento” observado na agricultura de grãos no País, na virada do século, saltando para patamares mais elevados. Para o período como um todo (1974 a 2021), a área colhida aumentou 1,42%, a produção 4,11% e o rendimento 2,69% ao ano. A evolução dessas três variáveis, ano a ano, pode ser melhor visualizada na Figura 5.
Tabela 2 - Taxas anuais de crescimento da área, da produção e do rendimento no período de 1974 a 2021
Fonte: IBGE (2022c, 2022d).
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A Figura 6 apresenta a evolução da produtividade dos grãos feijão, arroz, milho, soja e trigo. Analisando-se por produtos, arroz e milho foram os destaques em termos de rendimentos físicos. O desempenho mais fraco foi do feijão, e, em posições médias, estão a soja e o trigo. Em relação à soja, pode-se afirmar que a cultura já foi introduzida com elevada produtividade no País, portanto esperava-se que sua evolução fosse mais modesta no tempo8Sobre produção e produtividade agrícola de diferentes cultivos e criações, consultar o livro Agricultura Tropical: quatro décadas de inovações tecnológicas, institucionais e políticas, da Embrapa (Albuquerque,Silva, 2008).. A queda da produtividade do milho em 2021 deve-se à severa seca no Sul do País.
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