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Do campo à mesa: degustações de tecnologias movimentam estande da Embrapa
Néctar misto de açaí, café Robstas Amazônicos, mandioca BRS 1668, chocolate com cacau nativo do Purus e farinha de mandioca de Cruzeiro do Sul temperada. Essas são tecnologias que contam com a participação da Embrapa e que estão sendo servidas para o público na Expoacre 2024.
A 49ª edição da Exposição Agropecuária do Acre (Expoacre) começou dia 31 de agosto e segue até 8 de setembro de 2024, no Parque de Exposições de Rio Branco (AC). A Embrapa Acre apresenta alternativas tecnológicas para a pecuária de corte, cafeicultura, mandiocultura e produtos da sociobiodiversidade como castanha-do-brasil e cacau, além de publicações técnicas sobre diversas tecnologias da Embrapa.
Organizada pelo governo do Acre, por meio da Secretaria de Agricultura do Estado (Seagri) e instituições parceiras, a Expoacre é a principal feira agropecuária e de negócios do Estado. No estande da Embrapa Acre, além de atendimento ao público sobre as tecnologias da Empresa, a programação contempla noites temáticas com degustação de produtos amazônicos. A atividade de degustação tem a parceria da cooperativa Juruá Alimentos e Cooperativa Agroextrativista do Mapiá e Médio Purus (Cooperar), com sede no município de Boca do Acre (AM).
Programação técnica
A programação técnica da Expoacre será realizada no Tatersal do evento e contemplará temas relacionados a tecnologias do setor produtivo acreano como café, mel, mandioca, cacau, açaí, hortaliças, pecuária de corte e de leite. Voltadas para extensionistas rurais, produtores, estudantes e outros agentes envolvidos no agronegócio acreano, as atividades começam na segunda-feira (2), com o workshop “A importância do extrativismo e dos produtos da sociobiodiversidade para o estado do Acre”, a partir das 8h. O evento abordará temas relacionados às cadeias produtivas do cacau, açaí e castanha-do-brasil.
A Diretora de Negócios da Embrapa, Ana Euler, participou do Workshop na parte da manhã, com a palestra “Importância da pesquisa para a sociobiodiversidade”. Também foram palestrantes os pesquisadores Marcelino Guedes, da Embrapa Amapá, com o tema “Manejo de açaizeiro”, e Tadário Kamel e Cleísa Cartaxo, da Embrapa Acre, que abordarão as temáticas “Validação de tecnologias para aumento da produção do cacau nativo” e “Inovação e Tecnologia para a cadeia produtiva da castanha-do-brasil”, respectivamente.
A Embrapa também esteve presente no painel temático sobre cafeicultura, que aconteceu na terça-feira, (3), das 8 às 12h. O pesquisador da Embrapa Rondônia, Enrique Alves, ministrou a palestra “Evolução dos Robustas na região Amazônica” e o analista da Embrapa Acre, Márcio Bayma, falou sobre os custos de produção de café Robustas Amazônicos. O evento também contou com a participação de representantes da associação de cafeicultores da região das matas de Rondônia (Caferon) e da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics).
Vitrine Tecnológica
Localizada no Parque da Expoacre e estruturada pela Embrapa, em parceria com a Seagri, Secretaria Municipal de Agricultura de Rio Branco (Seagro) e Universidade Federal do Acre (Ufac), a Vitrine Tecnológica reúne tecnologias desenvolvidas pela Embrapa para o setor agropecuário, como cultivares de capim adaptadas às condições de clima e solos da região e recomendadas para a integração lavoura-pecuária (ILP). Dentre essas cultivares destacam-se os capins mombaça, tanzânia e BRS Zuri, BRS Integra, BRS-Xaraés, Brachiaria brizantha e BRS Capiaçu).
Quem visitar o espaço também poderá conhecer os benefícios de um pasto formado com os capins tangola, BRS-zuri e grama estrela consorciado com o amendoim forrageiro (cultivar BRS Oquira), leguminosa rica em proteína e com alta capacidade de fixação de nitrogênio no solo. O local também reúne cultivos de Feijão-guandu BRS Guatã, leguminosa recomendada para o controle e manejo de nematoides (espécies de parasitas que vivem no solo) em diversas culturas anuais e em sistemas de integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF), além de plantios com cultivares de milho, girassol e feijão caupi com aplicação dos bioinsumos Auras e Biomaphos.
As informações sobre os materiais apresentados na vitrine estarão disponíveis em painéis temáticos com QR code, que direcionam o visitante para um vasto conteúdo sobre cada ativo tecnológico. Uma equipe técnica estará no local para atendimento diário ao público durante o dia e à noite.
Realidade Virtual
O público visitante também poderá conhecer as diversas etapas do sistema Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF), por meio de um programa de realidade virtual e aumentada. A tecnologia agropecuária simula um sistema de iLPF e permite que o usuário vivencie, de forma interativa, as diferentes etapas da produção integrada.
Com ajuda de óculos especiais, os visitantes passarão por quinze estações que possibilitam observar o processo de transformação de uma área degradada em um ambiente produtivo e sustentável. Além disso, é possível conhecer os benefícios do sistema iLPF como o aprofundamento de raízes, descompactação do solo, ciclagem de nutrientes, conforto térmico e mitigação das emissões de gases de efeito estufa. Todo o percurso é acompanhado por um áudio explicativo, em português ou inglês.
A tecnologia virtual é uma adaptação do aplicativo “Maquete virtual de iLPF em realidade aumentada”, lançado em 2017 pela Rede iLPF, organismo que reúne instituições de pesquisa das diferentes regiões, incluindo a Embrapa.
Mauricilia Silva (MTb 429/AC)
Embrapa Acre
Diva Gonçalves (MTb 0148/AC)
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