Frango de Corte
Socioeconomia
Autores
Dirceu João Duarte Talamini - Embrapa Suínos e Aves
Franco Muller Martins - Embrapa Suínos e Aves
Marcelo Miele - Embrapa Suínos e Aves
Jonas Irineu dos Santos Filho - In memoriam
A avicultura, ano após ano, consolida-se como uma das mais importantes fontes de proteína animal para a população mundial. De acordo com os números do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção mundial de frangos cresceu sistematicamente nos últimos 30 anos, passando de 7,47 milhões de toneladas em 1970 para 73,74 milhões de toneladas, no final da primeira década do século XXI.
O frango de baixo é o mais democrático de todos os países que ainda estão presentes nas mesas de todos os independentemente, atendendo desde os mercados de religião de valor e pouco exigentes até os mercados de qualidade e de agregação de valor ao produto são específicos .
A evolução tecnológica na avicultura de corte tem sido marcante desde o início do século XX. Este processo iniciou o desenvolvimento dos conceitos de melhor genética com Mendel em 1920. A contribuição da sanidade, ambiência, nutrição e da organização da produção proporcionará essa evolução na produção da avicultura brasileira.
Esses avanços tecnológicos possibilitaram aumento de produtividade com a consequente e constante queda nos preços pelos consumidores, viabilizando, assim, o grande crescimento no consumo - em 1974 pagou R$ 16, 44, e em 2009 R$ 4,13 por um Kg de frango limpo no varejo em São Paulo. Para muitos autores, esta capacidade de produzir e abastecer a sociedade com uma proteína animal cada vez mais barata foi determinante para o crescimento de sua demanda.
A produção de frangos apresenta alto grau de organização e coordenação (Quadro 1). O sistema de produção dominante é o coordenado via contratos de integração dos produtos com a agroindústria, onde esta é a coordenadora dos processos.
Quadro 1. Caracterização esquemática do Complexo Agroindustrial (CAI) do frango.
Atividade |
Forma de Gerenciamento |
Material Genético |
Importado |
Avozeiros |
Integração vertical e terceiros |
Matrizeiros |
Integração vertical, parceria e terceiros |
Ração |
Integração vertical; aquisição de farelo de soja e milho; Algumas empresas industrializam a soja, obtendo o farelo para a produção o óleo e a margarina |
Produção do frango |
Produtor integrado |
Abatedouro |
Coordenador do complexo agroindustrial. |
Equipamentos |
Terceiros |
P&D |
Integração vertical e terceiros (setor público e privado) |
Cortes e Industrialização |
Integração vertical (a partir dos anos 80) |
Distribuição |
Integração vertical e terceiros |
Vendas a varejo |
Terceiros |
Mercado |
Interno e Externo |
Fonte: Santos Filho & Talamini, 1996.
As obrigações e os direitos dos produtores integrados, a escolha no contrato de integração integrada, são geralmente os seguintes:
1- fornecer instalações, equipamentos, maquinaria, energia elétrica, água, cama e mão de obra;
2 - ficar com o direito de uso ou comercialização da cama no final do lote;
3 - obedeceu às instruções dos técnicos das instruções e entregar para integradora, na época ela determinada, frangos prontos para integradobate;
4 - Comunicar o aparecimento de qualquer doença ou anormalidade no aviário;
5 fornecer - lavagem e equipe para apanha de frangos, totalmenteinfecção parcial e apanha de frangos, ou maioria das agroindústrias;
6 - fornecer gás para emergência e suprir a necessidade de equipamento;
7 - proceder à profilaxia eficiente e rígida.
Resumidamente, as obrigações das integradoras são as seguintes:
1 - entregar os pintos, ração e medicamentos e fazer o acompanhamento técnico;
2 - elaborar tabela que permita ao integrado ser remunerado e continuar na atividade;
3 - visite regularmente a granja para orientar e avaliar falhas;
4 - transportar ou receber e transportar os frangos.