Para se estabelecer o bem-estar em frangos de corte, deve-se atentar às respostas obtidas na produção, como a mortalidade, refugagem, aprumos defeituosos, joelhos vermelhos, calos no coxim plantar e peito, lesões de partes (olhos irritados e inchados, fraturas de asas e pernas) e arranhões, principalmente na região do dorso. As causas mais importantes para o aumento desses problemas são: alta densidade de criação, com mais de 39 kg de peso vivo por m² de área, no aviário (no momento do carregamento dos frangos para o abate); e má qualidade dos ingredientes da ração (Ex: milho contaminado com micotoxinas, farinhas de origem animal mal conservadas em processo de oxidação). Além disso, o número reduzido de bebedouros e comedouros e a falta de regulagem podem dificultar o acesso das aves ao alimento e à água. Associa-se a isso as variações de temperatura altamente relacionadas ao estresse pelo calor e pelo frio, a umidade excessiva da cama (>30% de umidade) motivada por vazamento de bebedouros, sistema de nebulização, chuvas de vento e problemas no telhado (telhas quebradas). Uma fase da produção de frangos, que vem sendo objeto de preocupação, é o manejo pré-abate e abate das aves. Períodos de jejum longos (mais de 12 horas), são desnecessários e a falta de cuidados básicos no momento do carregamento, principalmente pela falta de treinamento e coordenação das equipes de apanhe, são pontos importantes que devem ser considerados, para minimização do estresse nas aves. Já se iniciam preocupações mais intensas, para atendimento de mercados mais exigentes, no que se relaciona ao abate humanitário em aves em que se avalia e verifica pontos para minimizar o estresse provocado pelo medo, angústia e sofrimento das aves. As avaliações desses pontos se iniciam pela verificação do local de espera no frigorífico, que deve ser adequado, passando pela pendura, cuba de insensibilização (verificação dos parâmetros elétricos - amperagem, voltagem e frequência – e tempo de imersão na cuba para a eletronarcose), sangria e escaldagem.