Importações e Exportações

Conteúdo migrado na íntegra em: 08/12/2021

Autores

Rosângela Zoccal

Aloísio Teixeira Gomes

 

 

O Brasil é um tradicional importador de produtos lácteos. Em média importou cerca de 10% da produção nacional nos últimos anos. A partir de 1999 observa-se uma tendência de redução nos gastos com importações e simultaneamente uma evolução nas exportações, conforme pode ser observado na Tabela 1. Considerando a falta de tradição do País neste mercado, estes dados apontam um novo caminho que pode revolucionar o setor produtivo nacional.

 

Tabela 1. Produção, Exportações e Importações de Leite e Derivados pelo Brasil, 1997/2002.

 

Ano

Produção

Exportações

Importações

%

Bilhões litros

Mil kg

Mil kg

Equivalentes milhões litros

Importação/Produção

1997

18,67

4.304

318.748

1,93

10.3

1998

18,69

3.000

384.174

2,27

12.1

1999

19,07

4.398

383.674

2,41

12.6

2000

19,77

8.928

307.062

1,81

9.2

2001

20,51

19.371

141.188

0,90

4.4

2002

21,06

40.124

215.332

1,40

6.6

 

Fonte: MDIC Alice Web

 

As importações de leite e derivados em 2002 atingiram 215 toneladas (equivalente a 1,4 bilhão de litros de leite), representando um crescimento de 52,5% em relação a 2001. Para esse ano de 2003, estima-se que as importações não ultrapassem o equivalente a um bilhão de litros de leite. Os países que mais exportaram produtos lácteos para o Brasil foram Argentina, Uruguai, Nova Zelândia e Estados Unidos.

As exportações brasileiras de produtos lácteos têm avançado muito nos últimos anos. O volume em 2002 foi de 40,124 mil toneladas, acréscimo de 108%, quando comparado a 2001 (Tabela 1). O destino dos produtos brasileiros foram principalmente para Angola, Trinidad e Tobago, Filipinas, Argélia e Argentina.

Buscando identificar maiores oportunidades comerciais no mercado mundial, representantes do setor lácteo do Brasil, Argentina, Austrália, Chile, Nova Zelândia e Uruguai fundaram no dia 3 de outubro de 2002 a Aliança Láctea Global . As ações da aliança visam criar uma estratégia conjunta para remover as bases do comércio de lácteos que atualmente proporcionam a manutenção de uma indústria ineficiente em países da União Européia e dos Estados Unidos e Japão.

A redução das distorções de mercado permitirão um aumento das exportações de países, como o Brasil, que não subsidiam a produção. As exportações criam oportunidade para a expansão das economias de escala em nível de fazenda e fábrica, além de alinhar melhor a oferta às oscilações sazonais ou induzidas economicamente na demanda doméstica, favorecendo a estabilização dos preços praticados.