Pagamento por Qualidade

Conteúdo migrado na íntegra em: 08/12/2021

Autores

Maria Aparecida Brito

José Renaldi Brito

Edna Froeder Arcuri - Embrapa Gado de Leite

Carla Christine Lange - Embrapa Gado de Leite

Marcio Roberto Silva - Embrapa Gado de Leite

Guilherme Nunes de Souza - Embrapa Gado de Leite

 

 

A qualidade do leite é avaliada por meio de testes e existem parâmetros definidos para as características físico-químicas, higiênicas e de composição. Os testes empregados para avaliar a qualidade do leite fluido constituem normas regulamentares em todos os países, havendo pequena variação entre os parâmetros avaliados e/ou tipos de testes empregados. De modo geral, são avaliadas características físico-químicas, sabor, odor e definidos parâmetros de baixa contagem de bactérias, ausência de microrganismos patogênicos, baixa contagem de células somáticas, ausência de conservantes químicos e de resíduos de antibióticos, pesticidas ou outras drogas.

O pagamento pela qualidade é um instrumento empregado pelas indústrias para incentivar o produtor a investir em cuidados que resultem em melhor qualidade do produto. Além do pagamento de bonificações pelo leite de alta qualidade, podem ser incluídas penalizações para o leite de baixa qualidade. Esses programas têm sido ferramentas poderosas para motivar os produtores a melhorar a qualidade do leite cru. Em geral, os incentivos por qualidade variam entre as indústrias ou cooperativas, mas a contagem de células somáticas, contagem total de bactérias, ausência de resíduos de antibióticos, de outros inibidores e ausência de fraude por adição de água são sempre contemplados. Cada indústria ou cooperativa estabelece seus próprios requisitos, que geralmente são mais rígidos que os oficiais, oferecendo bonificações para os produtores que fornecerem leite dentro desses padrões. Indústrias de queijos, em geral, pagam as bonificações mais altas, com uma forte ênfase dada à contagem de células somáticas.