Detecção de Resíduos

Conteúdo migrado na íntegra em: 08/12/2021

Autores

Maria Aparecida Brito

José Renaldi Brito

Edna Froeder Arcuri - Embrapa Gado de Leite

Carla Christine Lange - Embrapa Gado de Leite

Marcio Roberto Silva - Embrapa Gado de Leite

Guilherme Nunes de Souza - Embrapa Gado de Leite

 

 

Diversos tipos de testes quantitativos e qualitativos foram desenvolvidos para detectar resíduos de antibióticos no leite. Entre 1944 e 1945, foi desenvolvido o teste do disco de papel de filtro. Esse teste se baseia na propriedade geral de que os antibióticos inibem bactérias sensíveis. Um disco de papel de filtro é umedecido com a amostra de leite a ser testada e, em seguida, colocado sobre a superfície de um meio de cultura inoculado com um microrganismo sensível. Na ausência de resíduos, o crescimento bacteriano é evidenciado, e na presença de resíduos, inibido. A partir de 1945, o método do disco foi modificado e, na década de 1970, ganhou ampla aceitação, sendo usada a bactéria Bacillus stearothermophilus.

Embora os testes microbiológicos tenham um papel destacado na detecção de resíduos de antimicrobianos no leite, eles apresentam limitações, pois necessitam de um tempo de incubação e o resultado somente é conhecido após duas a cinco horas, na maioria dos casos. Não existe um teste de inibição do crescimento bacteriano que detecte todos os antimicrobianos dentro dos limites máximos de resíduos permitidos. Por exemplo, para cloranfenicol, a sensibilidade do método microbiológico está acima do limite máximo permitido.

A partir de 1970, novos métodos empregando técnicas radiológicas e enzimáticas foram desenvolvidos, permitindo detectar resíduos de antibióticos beta-lactâmicos, tetraciclinas, estreptomicina, eritromicina, novobiocina cloranfenicol e sulfonamidas. Posteriormente, foram desenvolvidos testes rápidos, que permitem detectar classes específicas de diversos antibióticos, por exemplo, beta-lactâmicos, macrolídios, aminoglicosídios, tetraciclinas, cloranfenicol e sulfonamidas.