As maiores vantagens da desmama ou do desaleitamento precoce são as reduções no custo da alimentação, da mão-de-obra e na ocorrência de distúrbios gastrintestinais. O corte no fornecimento da dieta líquida poderá ser feito utilizando-se vários critérios, dentre eles: o tamanho, a idade (o mais utilizado) e o peso do animal. Na prática, a bezerra estará pronta para ser desaleitada ou desmamada quando ela estiver consumindo de 600 a 800 g de concentrado por dia, de maneira consistente, independentemente de sua idade, tamanho ou peso. Para animais de raças pequenas, como a raça Jersey, o corte no fornecimento da dieta líquida poderá ser feito quando o consumo de concentrado estiver em torno de 400 a 500 g/dia. Algumas poucas bezerras estão prontas para o desaleitamento às três semanas de idade, mas isso varia de animal para animal e em relação à qualidade do concentrado em uso. Contudo, não se deve forçar o desaleitamento das bezerras antes do tempo, porque os benefícios que podem ser obtidos com a redução na quantidade de leite poderão ser anulados com os gastos em medicamentos e no aumento da mortalidade. Independentemente do sistema de criação adotado, não há razão, do ponto de vista da bezerra, da fase de fornecimento da dieta líquida ser superior a oito semanas. Recomenda-se o desaleitamento abrupto, ou seja, sem a redução gradativa da quantidade de leite oferecida, que é uma prática trabalhosa, principalmente à medida que aumenta o tamanho do rebanho.

O fato de desaleitar ou desmamar as bezerras não significa que elas deverão receber menos atenção por parte do tratador. Ao contrário, este é um período crítico, em que os animais passam por mudanças drásticas.

O estresse ao desaleitamento é aumentado quando outras práticas de manejo são executadas ao mesmo tempo (descorna, mudança de instalação, mudança do tipo de concentrado ou volumoso, remoção de tetas, etc.), além disto, a ingestão da dieta líquida é uma experiência agradável para o animal. Para reduzir o estresse ao desaleitamento ou desmama, os animais devem permanecer no mesmo ambiente por mais duas semanas, após o corte da dieta líquida, recebendo água e o mesmo concentrado e volumoso. Assim, eles perderão o hábito da dieta líquida com menor estresse, sendo possível, também, observar como reagiram à desmama ou ao desaleitamento.