Vaca Gestante

Conteúdo migrado na íntegra em: 08/12/2021

Autor

Oriel Fajardo de Campos

 

 

O feto ganha metade de seu peso nos últimos três meses de gestação, quando a prioridade para a utilização dos nutrientes da dieta da vaca passa a ser o desenvolvimento normal da cria. A vaca gestante usa suas reservas em benefício do feto caso a dieta apresente alguma deficiência. Contudo, dependendo do nutriente e do grau de deficiência, o desenvolvimento do feto poderá ser prejudicado. Há evidências de que as deficiências de energia, proteína, fósforo, iodo, manganês, cobalto, selênio e das vitaminas A, D e E na dieta da vaca gestante podem causar problemas no desenvolvimento do feto e na quantidade e qualidade do colostro a ser produzido. Os sintomas, para se manifestarem, dependem do nutriente deficiente, mas normalmente resultam em abortos, natimortos, animais com defeitos físicos ou, simplesmente, animais que nascem mais leves e com menor resistência aos agentes causadores de doenças.

Recomenda-se que as vacas ganhem em torno de 600 a 800 g/dia durante o último terço da gestação usando-se alimentação suplementar, se necessário. Portanto, nessa fase, as vacas devem estar em boas condições corporais, sendo indesejáveis as condições extremas (vacas muito magras ou vacas muito gordas).

As vacas devem ser secas (ter a lactação interrompida) e conduzidas ao pasto ou baia-maternidade 30 a 60 dias antes do parto previsto. Isso possibilitará o descanso da glândula mamária, a produção de colostro de alta qualidade e maior produção de leite na lactação seguinte. O pasto-maternidade deve ser pequeno, de topografia não-acidentada, com boas condições de drenagem, limpo e localizado bem próximo ao estábulo ou a uma residência, para facilitar observações freqüentes, alimentação diferenciada e assistência, caso ocorra algum problema por ocasião do parto. Se o produtor usa baias-maternidade, elas devem ser desinfetadas entre cada uso, e mantidas limpas e secas.