Agronegócio do Leite
Período Seco
Autores
Limírio de Almeida Carvalho
Luciano Patto Novaes
Aloísio Teixeira Gomes
João Eustáquio Cabral de Miranda - Embrapa Gado de Leite
Antônio Cândido Cerqueira Leite Ribeiro - Embrapa Gado de Leite
O período seco, compreendido entre a secagem e o próximo parto. Em rebanhos bem manejados sua duração é de 60 dias. É fundamental para que haja transferência de nutrientes para desenvolvimento do feto, acentuado nos últimos 60-90 dias que precedem o parto, que a glândula mamária regenere os tecidos secretores de leite e acumule grandes quantidades de anticorpos, proporcionando maior qualidade e produção de colostro, essencial para a sobrevivência da cria recém-nascida.
O suprimento de proteína, energia, minerais e vitaminas é muito importante, mas deve-se evitar que a vaca ganhe muito peso nesta fase, para reduzir a incidência de problemas no parto e durante a fase inicial da lactação. Isso se deve, principalmente, à redução na ingestão de alimentos pós-parto, o que normalmente se observa com vacas que parem gordas.
Nas duas semanas que antecedem o parto, deve-se iniciar o fornecimento de pequenas quantidades do concentrado formulado para as vacas em lactação, para que se adaptem à dieta que receberão após o parto. As quantidades a serem fornecidas variam de 0,5 a 1% do peso vivo do animal, dependendo da sua condição corporal.
O teor de cálcio da dieta de vacas no final da gestação deve ser reduzido para evitar problemas, como a febre do leite (Febre do leite - EMBRAPA - CNPGL. Documentos, 67) após o parto. A mistura mineral (com nível baixo de cálcio) deve estar disponível, à vontade, em cocho coberto.
Manual Técnico: Trabalhador na Bovinocultura de Leite. – SENAR-AR/MG / Embrapa, 1997 e Embrapa Gado de Leite: 20 anos de pesquisa