Galpão de Confinamento e Ordenha

Conteúdo migrado na íntegra em: 08/12/2021

Autor

Aloísio Torres de Campos

 

 

Além da ordenha, permite alimentar as vacas em lactação, abrigar reprodutores e bezerros, acondicionar o leite, armazenar ração, local para picar forragem, farmácia e escritório. Sua localização e organização devem favorecer o rendimento de todo o trabalho com o gado, bem como ser orientado na posição Leste-Oeste, possibilitando maior sombreamento no período de verão. Construções mais abertas são recomendadas nas regiões onde as condições climáticas permitem. Os estábulos mais comuns são os de fila simples ou dupla.

 

Bezerreiros

Geralmente, fazem parte do corpo dos estábulos clássicos e das salas de ordenha, quando a ordenha é feita com o bezerro ao pé. Entretanto, podem ser separados, principalmente se o aleitamento for artificial. As baias podem ser individuais ou coletivas, com piso de cimento ou ripado, devendo dar acesso ao solário ou piquete gramado. O uso de abrigos individuais (gaiolas) é recomendado pela facilidade de manejo, limpeza, desinfecção e baixo custo. Além disso, os animais apresentam menos problemas sanitários, menor morbidade e mortalidade e maior consumo de ração.

 

Baias para touros

Mesmo com uso da inseminação artificial, às vezes, há necessidade de se manter um ou mais touros na propriedade para repassar os animais, que por qualquer motivo não são fertilizados pela inseminação artificial. Tecnicamente, recomenda-se o uso da inseminação artificial. A partir dos três a quatro anos de idade é comum os touros (principalmente os de raças européias), quando mantidos presos, tornarem-se bravos e agressivos, e todo cuidado deve-se ter ao manejá-lo. Por esse motivo e por razões de segurança, a baia deve ser planejada de tal maneira, que não haja necessidade de adentrá-la para alimentar e manejar o touro. O abrigo deve ser sólido, bem construído, com paredes, cercas e cochos bem reforçados, localizado em lugares onde seja fácil levar as vacas em cio. O caso mais simples é uma cobertura em piquete, dotado de comedouro e bebedouro. As dimensões básicas das baias são de 10 m2 para as raças menores e 16 m2 para as raças de maior porte. Divisórias de madeira de lei ou alvenaria de um tijolo com cintas e pilares de concreto armado, com 1,80 a 2,00 m de altura, pé direito de 2,70 a 3,00 m, portões de madeira ou de chapa com ferragens reforçadas. A fixação de argolas no focinho do touro, no cocho ou no esteio é muito importante para contenção do animal nos casos de vacinação, pulverização, aplicação de medicamentos e curativos. O piso deve ser concretado, com declive de 2 a 3% no sentido de canaletas coletoras de águas de limpeza e resíduos orgânicos. O piquete de exercício adjacente à baia ou piquete de exercício é imprescindível para a saúde dos touros, sendo 80 a 100 m2 de área suficientes. As cercas devem ser fortes e resistentes, à semelhança daquelas indicadas para os currais para gado de corte.

 

Cochos externos

São os cochos para sais minerais e os cochos para distribuição de volumosos e concentrados nos currais e nos pastos. Reserva-se nesses últimos um espaço linear de 0,60 a 0,80 m por animal adulto, dependendo da raça e do porte dos animais. Deve-se procurar materiais alternativos existentes em cada região para a confecção desses cochos com a finalidade de reduzir custos. O bambu é um exemplo de material disponível na maioria das fazendas que pode ser utilizado com grande vantagem, durabilidade e economia. As correias transportadoras de minério e as bombonas plásticas (barris) são alguns exemplos de materiais descartados que podem ser aproveitados para montagem de cochos para fornecimento de volumosos, concentrados e minerais.