O melhoramento genético consiste no conjunto de processos seletivos e de direcionamento dos acasalamentos, com o intuito de aumentar a frequência dos genes de efeitos desejáveis ou das combinações genéticas que promovem o aperfeiçoamento da capacidade de produção dos animais que apresentam interesse econômico para o homem em um dado ambiente. Para isto, há duas ferramentas básicas: a seleção e os métodos de acasalamento.

Portanto, o avanço genético somente pode ser alcançado a partir do momento que exista variabilidade genética na característica de interesse, ou seja, que existam diferenças genéticas entre os indivíduos. A partir de então, deve-se buscar separar, com maior confiabilidade possível, os efeitos genéticos dos efeitos de ambiente que determinam a variabilidade total observada nos animais. Em outras palavras, aquilo que vemos em um animal, que chamamos fenótipo, é fruto dos efeitos genéticos (genótipo), das ações do ambiente (manejo, clima, etc.) e das interações entre estes efeitos. Daí, a expressão:Fenótipo (P) = Genótipo (G) + Ambiente (E) + Interação genótipo x ambiente (G x E). Separando esses efeitos, pode-se saber o que é devido aos genes e que, portanto, pode ser herdado, passado de uma geração a outra. Dessa forma, se pode escolher os melhores animais, que serão os pais da futura geração.