Relação Macho:Fêmea

Conteúdo migrado na íntegra em: 08/12/2021

Autores

Carlos José Hoff de Souza - Embrapa Pecuária Sul

José Carlos Ferrugem Moraes - Embrapa Pecuária Sul

 

A proporção sexual primária nos mamíferos é de um macho para cada fêmea com a finalidade precípua de garantir máxima variabilidade para sobrevivência das espécies. Entretanto em animais domesticados explorados pelo homem, mesmo quando não existem programas de seleção disponíveis, os produtores utilizam um maior diferencial de seleção sobre os machos, sendo os não escolhidos como pais da próxima geração utilizados em condições e idades variáveis para a geração de produtos, no caso dos ovinos, carne, pele e lã.

Nos sistemas de produção atuais, o número de machos necessário para a obtenção de sucesso reprodutivo depende do método de cobrição, do grau de sanidade dos animais, do tamanho dos potreiros e também da idade e experiência sexual dos animais. A reprodução via monta natural é o método mais eficiente, porém requer um maior número de carneiros, em média 3 carneiros para 100 ovelhas, podendo variar de um a cinco sem maiores modificações nos resultados de prenhez no final dos períodos de reprodução. Nos casos em que os produtores empreguem sincronização de cios em ovelhas submetidas a monta natural, podem ser esperadas em cio até 20% das ovelhas concentradas no dia do pico da sincronização de estros. Assim, torna-se recomendável utilizar 10% de carneiros, introduzidos nos rebanhos pelo menos 30 horas após os tratamentos hormonais efetuados.Quando o método de reprodução for a inseminação com sêmen fresco a relação mais indicada é de um carneiro para cada 500 ovelhas, incluindo um de reserva, para quando ocorra algum imprevisto na sequência diária de coletas de sêmen. Nessa situação o fator a ser considerado é o volume de sêmen ejaculado. Nos carneiros, o valor mais freqüente é de 1 mL, que empregado puro viabiliza a inseminação de 20 ovelhas e quando diluído ao máximo permite inseminar até 40 ovelhas.