Ovinos de Corte
Ceratoconjuntive
Autores
Alice Andrioli Pinheiro - Embrapa Caprinos e Ovinos
Luiz da Silva Vieira - Embrapa Caprinos e Ovinos
Raymundo Rizaldo Pinheiro - Embrapa Caprinos e Ovinos
Francisco Selmo Fernandes Alves - Embrapa Caprinos e Ovinos
Antônio Cézar Rocha Cavalcante - Consultor autônomo
É uma doença infecto-contagiosa que afeta as estruturas do olho, causadas por vários micro-organismos (Chlamydia sp., Mycoplasma conjuntivae e Neisseria sp.) e que acomete caprinos e ovinos de qualquer idade. A doença é mais frequente em épocas chuvosas ou quando existe um aumento de um tipo de mosca pequena que se alimenta das secreções nasais e oculares dos animais. Animais despigmentados nas pálpebras e/ou conjuntivas são mais propensos a desenvolver o problema.
A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato direto entre animais doentes ou portadores com animais sadios e pelo transporte do agente, de um animal doente para o sadio, pelas moscas. Os principais sintomas são os seguintes: lacrimejamento, olhos congestos (vermelhos), fotofobia, diminuição do apetite, febre moderada, opacidade da área central da córnea ou de todo o globo ocular, que poderá evoluir para ulceração e posterior cegueira. O diagnóstico é baseado na sintomatologia, nas lesões observadas e no isolamento do agente etiológico.
No tratamento deve ser realizada a limpeza do olho, administração de vitamina A e a utilização de pomadas oftálmicas a base de antibióticos de largo espectro ou spray associados ou não a corticosteróides. Como profilaxia, deve-se separar os animais doentes e evitar a compra de animais com características fenotípicas predisponentes.