Mastite Ovina

Conteúdo migrado na íntegra em: 08/12/2021

Autores

Alice Andrioli Pinheiro - Embrapa Caprinos e Ovinos

Luiz da Silva Vieira - Embrapa Caprinos e Ovinos

Raymundo Rizaldo Pinheiro - Embrapa Caprinos e Ovinos

Francisco Selmo Fernandes Alves - Embrapa Caprinos e Ovinos

Antônio Cézar Rocha Cavalcante - Consultor autônomo

 

Mastite é o processo inflamatório, de origem infecciosa ou não, que atinge as diferentes estruturas da glândula mamária (mucosa, tecido secretor e ou intersticial, cisternas e tetas), onde os principais agentes etiológicos são: bactérias, vírus e fungos. Independente da etiologia, a falta de higiene na ordenha destaca-se como fator de grande importância na incidência e disseminação da mastite nos rebanhos.

Os agentes etiológicos determinantes da maioria das mastites são bactérias comumente encontradas no meio ambiente. As mais frequentemente isoladas são:  Staphylococcus auresus, Streptococos spp., Corynebacterium pyogenes, clostridium welchi, Escherichia coli, Staphylococous coagulase positiva e negativa, Corinebacterium pseudotuberculosis, Pasteurella hemolytyca, Pseudomonas, Mycoplamsa putrefaciens e Mycoplasma mycoides.A mastite é uma doença complexa, resultante da interação do animal, meio ambiente e micro-organismos. É considerada a principal enfermidade, do ponto de vista econômico, em rebanhos leiteiros, sendo as perdas econômicas resultantes devidas ao descarte do leite, morte precoce dos animais, custos com drogas, serviço veterinário e aumento da mão de obra, como também redução da quantidade e qualidade do leite e produtos lácteos manufaturados. Com relação à sintomatologia, as mastites são classificadas como subclínicas e clínicas. Na forma subclínica, não são observadas alterações na glândula, nem no aspecto visual do leite. Para detectar esses casos, são utilizados alguns exames, tais como: CTM (Califórnia Mastitis Test), contagem de células somáticas, cultura bacteriológica e testes físico-químicos no leite. A mastite clínica é evidenciada pela manifestação dos sinais cardeais do processo inflamatório (dor, calor, rubor, tumor e perda da função) e alterações perceptíveis no leite, como a presença de sangue, pus, grumos, entre outros.

De acordo com a evolução clínica, a mastite pode ser classificada como aguda ou crônica. Esta patologia pode ser controlada através da adoção de medidas higiênico-sanitárias relativamente simples. Entretanto, a falta de informação dos produtores aliada à ausência de assistência técnica na propriedade são fatores que inviabilizam o controle deste problema.