Observa-se que o açaí lidera a economia da fruticultura, tendo o Estado do Pará o epicentro da produção e processamento. Em 2006, esse estado exportou 8 mil toneladas de polpa da fruta. A demanda por açaí foi estimada em 300 mil toneladas de polpa em 2006, podendo se estabilizar em 500 mil toneladas nos próximos 10 anos, mantendo um fluxo de exportação de 60 mil toneladas por ano e o restante para consumo no mercado brasileiro.

De 2004 a 2008, o Estado do Pará mostrou um crescimento constante na exportação de açaí, como é evidenciado pelo valor comercializado, que obteve um crescimento de US$ 1.982.791 em 2004 para US$ 20.738.868 em 2008, um aumento de 1.046%, embora a quantidade exportada tenha crescido apenas 560% no mesmo período. Isso ocorreu em decorrência do aumento do preço médio em cerca de 187% nesse intervalo, aumentando, assim, a lucratividade da exportação do produto. Para 2009, todos esses valores aumentaram, e o valor comercializado, a quantidade comercializada e o preço médio, no período de janeiro a julho de 2008 e 2009, revelaram aumentos de 47,05%, 41,21% e  4,16%, respectivamente.Os Estados Unidos são os principais importadores do açaí do Estado do Pará, com 92% da quantidade total em toneladas e do valor comercializado em 2008, equivalente a 7 t e US$ 19 milhões, respectivamente. Com isso, esse país ratifica o seu papel preponderante na exportação do açaí paraense, que experimentou um crescimento de 1.449% dos valores de importação no período de 2004 a 2008. Japão e Países Baixos ocupam as próximas posições, com cerca de 2,5% dos importadores cada. Embora os números do Reino Unido sejam baixos (0,56%  de participação no mercado), é possível observar que esse mercado parece estar em franca expansão, tendo sido observado, relativamente, o maior crescimento de valores (mais de 17.000%).
 

Para as estimativas de janeiro a julho de 2008 e 2009, no entanto, o único país que demonstrou aumento foram os Estados Unidos (valor 73,7% maior e 61,4% de toneladas a mais quando se comparam os dois períodos), enquanto Japão, Reino Unido, Suécia e Austrália mostraram queda superior a 74% nos valores observados e 72,8% em quantidade. Como ponto positivo, observa-se que novos países tornaram-se importadores do açaí paraense no ano de 2009, como Espanha, Israel, Angola, Porto Rico e Turquia, que, no entanto, são ainda mercados muito incipientes.