Ameixa
Comercialização
Autores
Rufino Fernando Flores Cantillano - Embrapa Clima Temperado
Luis Antônio Suita de Castro - Embrapa Clima Temperado
Seleção e classificação
Chama-se seleção e classificação o ato de separar os frutos segundo a sanidade, forma, coloração e dimensão. Este processo pode ser iniciado durante a colheita, quando devem ser separados ou descartados os frutos muito verdes, manchados, podres ou muito pequenos, na chamada colheita seletiva.
Entretanto, é no galpão de classificação, onde esta operação é realizada de forma adequada, que as ameixas são classificadas em função das normas vigentes no mercado ao qual se destinam.
Para o mercado interno, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ainda não tem estabelecido um padrão oficial para a ameixa. Para o mercado externo devem ser consideradas as exigências do comprador e do país ao qual se destinam.
Embalagem
A Portaria SARC/MA nº 62, publicada em 23/03/01, para fins de consulta pública, será a base da nova portaria interministerial que deverá substituir a Portaria nº 127, de 04 de outubro de 1991. Diferentemente da anterior, a Portaria nº 62 não regulamenta as medidas individuais das caixas. Apenas determina que as embalagens deverão permitir a paletização, tendo como referência a medida de 1,00 x 1,20 m; podem ser retornáveis ou descartáveis; estar de acordo com normas higiênico-sanitárias e conter informações relativas à marcação ou rotulagem.
Transporte
O transporte das ameixas pode ser realizado por via terrestre, aérea e marítima, ou combinações entre eles, em função da distância do mercado e preços.
Existem necessidades comuns e limitações por isso é fundamental conhecer os fundamentos técnicos para otimizar o manejo dos frutos.
O transporte refrigerado tem como objetivo prolongar a vida útil do fruto em trânsito, reduzindo o metabolismo e retardando sua deterioração, mediante o uso de baixa temperatura. O sistema de refrigeração do veículo de transporte deve ser capaz de remover o calor residual do interior do mesmo, do calor exterior (chão, teto, portas), da infiltração de calor exterior (deficiente selamento de portas), do excesso de calor do produto no momento de ser transportado e calor de respiração do fruto.
A circulação uniforme do ar entre as caixas de frutos é importante para assegurar a uniformidade da temperatura. No método convencional de circulação do ar, este é liberado pela parte superior (usado principalmente em caminhões), enquanto que a liberação de ar pelo chão é usada em “containers” ou navios.
A composição da atmosfera, principalmente em oxigênio, dióxido de carbono e etileno, é outro fator importante, pois ela muda com a respiração do fruto no transporte, especialmente no transporte de longa duração (marítimo). Os navios modernos têm sistemas eficientes de renovação de ar para evitar este problema.
A maior parte das ameixas produzidas no Brasil são transportadas por via terrestre, em muitos casos sem refrigeração, mas o transporte refrigerado em caminhões com lona térmica está sendo usado por produtores de frutas de melhor qualidade ou por importadores.
O transporte marítimo é indicado para o transporte do fruto a mercados distantes. Podem ser usados navios de linhas comerciais, que têm um itinerário pré-estabelecido por vários portos ou navios charter (alugados) que levam a fruta diretamente até o porto de destino. A carga paletizada pode ir diretamente no porão do navio ou em containers ou contenedores de 20 ou 40 pés de capacidade. Não há experiência deste tipo de transporte para ameixas no Brasil.
O transporte aéreo é utilizado para o transporte, a longas distâncias, de produtos de alto valor. O produto pode ir paletizado no compartimento de carga da aeronave, ou em contenedores. Seu alto custo, aliado a problemas logísticos e técnicos são algumas da dificuldades deste sistema de transporte no Brasil.