Bactérias

Conteúdo migrado na íntegra em: 20/12/2021

Autores

Mery Elizabeth Oliveira Couto - Consultora autônoma

Luis Antônio Suita de Castro - Embrapa Clima Temperado

 

Dentre as principais doenças causadas por bactérias, destaca-se a escaldadura das folhas da ameixeira (Xylella fastidiosa Wells). O sintoma inicial de enfermidade é uma leve clorose irregular nos bordos das folhas, posteriormente a clorose inicial se intensifica, produzindo no final do ciclo vegetativo um dessecamento dos bordos, que penetra de forma irregular no limbo, rodeado por uma clorose fraca, que invade a lâmina foliar.

Os sintomas são muito semelhantes aos ocasionados por deficiência de potássio e aparecem em qualquer lugar da copa, com exceção das folhas novas e ramos da última brotação. Nas plantas muito atacadas ocorre queda antecipada de folhas, o crescimento geral diminui, os ramos superiores se tornam quebradiços e seu ângulo de inserção é mais aberto, os frutos e a produção diminuem e, consequentemente, ocorre a morte da planta.

Sintomas típicos, normalmente, são visíveis em plantas após a entrada no período produtivo, nos meses de janeiro e fevereiro. As plantas atacadas há vários anos apresentam seca de ponteiros e pouco enfolhamento, os sintomas aparecem inicialmente nas folhas da base, progredindo para as mais novas, podendo ocorrer ramos ladrões sem sintomas e haver casos de plantas sem sintomas entre plantas doentes.

Entre as medidas de controle deve-se levar em consideração a tolerância e resistência varietal e a erradicação dos focos iniciais, através de inspeções realizadas nos meses de janeiro e fevereiro.

A bacteriose da ameixeira (Xanthomonas arboricola Pv. pruni ), também conhecida como “mancha bacteriana”, pode afetar toda a parte aérea da planta, como folhas, ramos e frutos. Sobre as folhas, inicialmente, se desenvolvem pequenas manchas cloróticas (verde pálido) de formato irregular.

Com a evolução do sintoma, as manchas adquirem formato angular, circundadas por um halo amarelo e com a porção interna necrótica, podendo destacar-se e adquirir aparência rendilhada. Pode ocorrer desfolhamento e enfraquecimento da planta, tornando-a predisposta a injúrias e ataque de outros patógenos.

Nos ramos e nos frutos, o sintoma se caracteriza pela formação de cancros (aberturas longitudinais). As medidas de controle são de caráter preventivo como a eliminação de ramos com cancros, frutos e folhas manchadas e pulverizações com calda bordalesa após a poda de inverno. A pulverização deve ser com boa cobertura, isto é, todas as partes da planta devem receber o produto.