Fungos
Autores
Mery Elizabeth Oliveira Couto - Consultora autônoma
Joel Figueiredo Fortes - Consultor autônomo
Luis Antônio Suita de Castro - Embrapa Clima Temperado
Podridão parda – Monilinia fructicola (Wint.) Honey
É causada pelo mesmo fungo que ataca o pessegueiro, provocando sintomas semelhantes, tanto nos ramos quanto nas flores e frutos. É mais importante nas cultivares Reubennel, Harry Pickstone, Amarelinha e Rosa Mineira. Ataca as flores que ficam com pequenas manchas marrom-claro. Quando não controlada a doença passa para os ramos, causando cancros, onde poderá perpetuar-se na planta se não forem eliminados na ocasião da poda.
Nos frutos, produzem manchas marrom que aumentam de tamanho, e produzem abundante quantidade de esporos que podem disseminar a doença pelo pomar, por meio dos insetos, chuvas e vento. Em estágios avançados ocorre a mumificação dos frutos. Os frutos são mais suscetíveis, pelo aumento da sensibilidade a danos mecânicos ou por insetos. A doença pode causar grandes perdas na pós-colheita. O controle deve ser iniciado na floração.
Cuidados durante a colheita, como limpeza das caixas de colheita com hipoclorito de sódio a 0,5% e armazenamento em locais frescos, contribuem para reduzir as perdas.
Ferrugem – Tranzchelia discolor (Funckel) Tranz & Livt
Está disseminada nas regiões produtoras de ameixeira. Apesar de ocorrer esporadicamente pode causar sérios problemas. Provoca o desfolhamento precoce da planta, debilitando-a ao longo dos anos, tornando-a mais suscetível a outras doenças, além de poder estimular a floração precoce. Em anos muito úmidos e quentes, durante o período de desenvolvimento das plantas, pode incidir com grande intensidade. Este fungo provoca lesões nas folhas, que podem ser abundantes e visíveis, de coloração amarelo-ferruginoso. O tratamento deve iniciar com o aparecimento das primeiras manchas.
Podridão mole - Rhyzopus stolonifer (Ehr. Fr.) Vuill
Produz uma podridão aquosa durante o armazenamento e comercialização. O fungo, ao desenvolver-se sobre o fruto, produz um micélio, inicialmente esbranquiçado. Depois, com a produção de esporos, fica escuro. O fungo sobrevive no solo e em restos de culturas. Cuidados durante a colheita são muito importantes, tais como desinfestar as caixas de colheita e não colocar nas mesmas caixas frutos que, ao serem colhidos, caíram no chão. Tratamentos pré-colheita auxiliam no controle.
Sarna – Cladosporium carpophilum Thum.
Ataca frutos, ramos e folhas, produzindo manchas de cor verde-oliva. Nos frutos, causa os maiores problemas. Neles as manchas se localizam, geralmente, em torno da inserção do pedúnculo, e passam da cor verde-oliva ao preto. O ataque inicia na queda das sépalas, podendo ocasionar a queda dos frutos ainda pequenos. Elevada umidade do ar e temperatura entre 20° e 25°C favorecem o desenvolvimento da doença. O fungo sobrevive, no inverno, em cancros nos ramos. O controle deve ser iniciado no estágio de queda das sépalas.