Origem

Conteúdo migrado na íntegra em: 20/12/2021

Autores

Maria do Carmo Bassols Raseira - Embrapa Clima Temperado

Alverides Machado dos Santos - Consultor autônomo

Rosa Lía Barbieri - Embrapa Clima Temperado

 

O gênero Rubus apresenta formas de reprodução sexuada e assexuada, possuindo número básico de cromossomos igual a 7. A ocorrência de poliploidia, agamospermia (formação de sementes sem reprodução sexual) e hibridação entre as espécies, tornam a taxonomia do grupo bastante complicada. É comum a ocorrência de híbridos interespecíficos com vários graus de esterilidade, os quais se reproduzem assexuadamente por reprodução vegetativa e agamospermia.

Três grupos de amoreiras-pretas foram domesticados. O primeiro, das amoreiras-pretas europeias, inclui um grande número de formas poliploides, com a maioria tetraploide (2n = 4x = 28). O segundo, no leste da América do Norte, é composto por plantas de porte ereto e também inclui muitas formas poliploides. O terceiro grupo, no oeste da América do Norte, geograficamente separado do anterior pelas pradarias e pelas Montanhas Rochosas, possui plantas de hábito prostrado e tem números de cromossomos mais elevados, sendo comuns as formas octaploides (2n = 8x = 56) e dodecaploides (2n = 12x = 84).

O cultivo de amoreira-preta se tornou popular nos Estados Unidos após 1840. No Brasil, ocorrem cinco espécies nativas de amoreiras-pretas (Figura 1 e 2): R. urticaefolius, R. erythroclados, R. brasiliensis, R. sellowii e R.imperialis, as quais produzem frutos pequenos e com coloração branca, rosa, vermelha ou preta. Nenhuma das espécies brasileiras foi domesticada. As cultivares de amoreiras-pretas utilizadas no país são o resultado de introduções, hibridações e seleções de cultivares americanas.

Fotos: Rosa Lía Barbieri
Figura 1. Plantas de amoreiras-pretas nativas do Rio Grande do Sul