As práticas descritas abaixo devem ser realizadas em sequência para garantir boa qualidade dos frutos.

Eliminação do coração e da última penca

• Eliminação do coração ou mangará:

A prática deve ser realizada até 15 dias após a abertura da última penca. Consiste em eliminar, preferencialmente sem o uso de ferramentas, a parte da planta conhecida como coração ou mangará, logo abaixo da última penca, deixando-se um prolongamento de 10 a 20 centímetros, que servirá como apoio para o manuseio na ocasião da colheita.

 

Foto: Marcelo Bezerra Lima/Domingos Souza Ramos

Figura 1. Eliminação do coração. 

 

Uma vez eliminado, o coração deve ser enterrado ou retirado do bananal, podendo ser ainda utilizado na alimentação animal. Quando for indispensável o uso de ferramentas, recomenda-se que estas sejam higienizadas após o uso em cada planta, em solução de água sanitária (metade produto comercial e metade de água). Recomenda-se ainda a aplicação de fungicidas no local do corte da planta.

A eliminação do coração deve ser realizada, sempre que possível, juntamente com outras práticas, principalmente com aquelas tidas como seqüenciais, como é o caso da eliminação de pencas, despistilagem dos frutos e ensacamento do cacho.

• Eliminação das pencas:

Foto: Marcelo Bezerra Lima/Domingos Souza Ramos

Figura 2. Eliminação do coração e da última penca.

 

Consiste na retirada dos frutos da última penca, deixando-se apenas um fruto na região central, isto possibilita colheita de cachos mais homogêneos, com frutos mais longos e mais grossos, evitando-se a penca refugo, ou reba, de menor valor no mercado. Facas ou canivetes utilizados para este fim, devem ser desinfectados após uso em cada planta, em solução de água sanitária, como explicado em cima. A prática deve coincidir com a época da eliminação do coração.

 

Em cultivos para exportação podem ser eliminadas mais de uma penca.

• Eliminação dos restos florais (Despistilagem):

Foto: Marcelo Bezerra Lima/Domingos Souza Ramos

Fig. 3. Eliminação do coração, da última penca, e
despistilagem dos frutos. 

 

Visa o controle de uma doença conhecida como ponta-do-charuto. Consiste na retirada dos restos florais, com as flores ainda túrgidas, no estádio que se soltam com maior facilidade. Como as pencas abrem-se escalonadamente, torna-se necessário dois ou três repasses no mesmo cacho em dias diferentes. Essa prática confere também melhor aparência aos frutos e deve coincidir também com o período da eliminação do coração.

Esta prática tem o objetivo de:

 

• Evitar o atrito das folhas com os frutos.
• Diminuir o ataque de trips.
• Ajudar a controlar a ponta-do-charuto.
• Proteger os frutos das baixas temperaturas.
• Acelerar o desenvolvimento dos frutos e uniformizar a sua coloração.
• Proteger o cacho contra os atritos da colheita.
• Reduzir o período que vai da emissão do cacho até a colheita.

 

Foto: Marcelo Bezerra Lima/Domingos Souza Ramos

Figura 4. Ensacamento do cacho.