Lançada em 1955, ‘Baronesa’ foi a mais importante cultivar do melhoramento genético de batata no Brasil, atingindo, por muitos anos, mais de 80% da área plantada no Estado do Rio Grande do Sul. Mesmo substituída em grande parte por outras cultivares, a ‘Baronesa’ continua sendo importante para a produção de batata especialmente para pequenos produtores. Esta variedade possui elevado potencial produtivo e estabilidade de produção mesmo sob níveis moderados de fertilidade.

Derivada de autocruzamento da cultivar alemã Loman, realizado em 1952, Baronesa foi desenvolvida pelo programa de Melhoramento Genético de Batata do Instituto Agronômico do Sul– IAS, que precedeu a Embrapa Clima Temperado, Pelotas-RS.

Foto: Arione da Silva Pereira

Figura 1. Cultivar Baronesa

Esta cultivar é moderadamente resistente à pinta preta (Alternaria solani) e ao vírus Y da batata (Potato virus Y - PVY); suscetível à requeima (Phytophthora infestans), à murcha bacteriana (Ralstonia solanacearum) e ao vírus do enrolamento das folhas da batata (Potato leafroll virus - PLRV).

Possui ciclo médio, com hábito de crescimento semiereto, com porte baixo a médio, tubérculos com formato oval-alongado, olhos rasos a médios, película rosa e lisa, e polpa amarela clara. Possui também período de dormência relativamente curto, mas com forte dominância apical. E pode ser de uso múltiplo, com aptidão maior ao cozimento para elaboração de salada e outros pratos afins, com teor de matéria seca médio.