Batata
Bacterianas
Autor
Carlos Alberto Lopes - Embrapa Hortaliças
Murcha-bacteriana (Ralstonia solanacearum)
É favorecida por temperatura e umidade altas. Está presente nos solos de quase todo o país, podendo atacar muitas espécies de plantas, embora a raça 3, predominante no sul e sudeste do Brasil, seja mais comum em batata.
Provoca murcha de planta (Figura 1) e exsudação de pus bacteriano nos tubérculos (Figura 2). É responsável por perdas significativas em solos muito úmidos se não for feita adequada rotação de culturas ou se batata-semente contaminada for utilizada.
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Figura 1. Murcha de planta | Figura 2. Exsudação de pus bacteriano nos tubérculos |
O teste-do-copo (Figura 3) é uma técnica útil para se diagnosticar esta doença.
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Figura 3. Teste-do-copo
Podridão-mole e canela-preta (Pectobacterium spp. e Dickeya spp)
São favorecidas por temperatura e umidade altas e só se tornam sérias na presença de ferimentos dos tecidos. Podem provocar perdas consideráveis pelo apodrecimento da batata-semente (antes e após o plantio), das ramas (Figura 4) e dos tubérculos (Figura 5) no campo ou armazém.
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Figura 4. Podridão mole nas ramas | Figura 5. Podridão mole nos tubérculos |
Representantes dos dois gêneros acima são encontrados com abundância em todos os solos brasileiros, podendo atacar diversas hospedeiras, principalmente as hortaliças que produzem órgãos suculentos, como cenoura, mandioquinha-salsa, repolho, couve-flor e tomate.
Sarna-comum (Streptomyces spp.)
Mais de 10 espécies de Streptomyces podem causar a doença, o que torna difícil seu controle. Independentemente da espécie, o patógeno é muito bem adaptado ao solo, onde pode estar presente antes do plantio, mas é transmitido também pela batata-semente.
A doença provoca perdas consideráveis especialmente em solos secos (por ocasião da tuberização), e com pH acima de 6,0. Somente os tubérculos são afetados, (Figura 6) e, por isso, normalmente só é detectada na colheita, com depreciação da qualidade dos tubérculos.
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Figura 6. Sarna comum