Tratos culturais

Conteúdo atualizado em: 14/02/2022

Autor

Giovani Olegário da Silva - Embrapa Hortaliças

 

Aproximadamente aos 25-30 dias de plantio, quando as hastes das plantas apresentam de 25 a 30 cm de altura, faz-se a amontoa, que consiste na aproximação de terra, em ambos os lados da fileira de plantas, formando um camalhão com cerca de 20 cm de altura; visando proteger os tubérculos contra a exposição direta dos raios solares, que causam escaldadura e esverdeamento dos mesmos. Dependendo da intensidade das chuvas e do estado vegetativo da cultura, pode ser feita uma segunda amontoa aos 60 dias de plantio para evitar que os tubérculos sejam expostos à luz e fiquem esverdeados, tornando os inadequados ao consumo.

A amontoa, seja ela manual ou mecânica funciona também como controle de plantas daninhas. Este processo, quando não realizado adequadamente, pode provocar ferimentos nas raízes e na parte aérea das plantas, proporcionando portas de entrada para uma série de patógenos, como os que causam a rizoctoniose, murcha-bacteriana, podridão-seca e podridão-mole.

Para proteger a parte do caule que será coberta durante esta operação mecanizada, comumente é feita a pulverização do campo imediatamente antes da amontoa com fungicidas cúpricos.

A interrupção do ciclo da cultura, que normalmente varia de 90 a 120 dias dependendo da cultivar, do clima e do solo, pode ocorrer de forma natural ou artificial com a utilização de desfolhantes ou dessecantes, que matam a rama e as ervas daninhas, facilitando a colheita, e evitam futuras contaminações do tubérculo através da parte aérea da planta (rama). Se utilizar a dessecação, o produtor poder antecipar a colheita, aproveitando o preço favorável de mercado.

Após a dessecação, é esperado um período que varia de 10 a 15 dias para que a pele da batata se fortaleça ou se firme, evitando o pelamento durante o processo de colheita e pós-colheita. Além disso, durante o desenvolvimento da cultura, deve-se fazer o controle de pragas e doenças, de acordo com a necessidade, e a recomendação deve ser feita por um engenheiro agrônomo especializado.