Castanha

Conteúdo migrado na íntegra em: 20/12/2021

Autores

Francisco Fabio de Assis Paiva - Embrapa Agroindústria Tropical

Raimundo Marcelino da Silva Neto - Embrapa Agroindústria Tropical

 

O aproveitamento integral do caju atualmente se dá tanto em escala industrial como em escala familiar gerando os mais diversos produtos, indo desde a consagrada amêndoa da castanha do caju que é em grande parte exportada para muitos países e que também consumimos torrada em óleo comestível, passando por doces e compotas, pedúnculos desidratados, sucos integrais e concentrados, néctar, polpa congelada e cajuína.

 

 Foto: Raimundo Marcelino da Silva Neto

 

 

Tecnologia do Processamento da Castanha do Caju

 

Foto: Raimundo Marcelino da Silva Neto

 

 

A industrialização da castanha do caju consiste, basicamente, na retirada da amêndoa do interior da castanha, trabalho que envolve uma série de dificuldades, sendo a primeira delas a consistência, que não permite a sua quebra sem um tratamento prévio, ao contrário do que acontece com a noz europia, pecã, avelã e outras. A segunda dificuldade é a presença de um líquido na estrutura esponjosa. Conhecido como LCC (líquido da casca da castanha), não deve contaminar a amêndoa durante o seu processamento.

Na industrialização da castanha do caju, a operação de descasque - também chamada de decorticação, corte ou abertura da castanha - define o grau de sofisticação tecnológica empregada em seu processamento. O processamento de corte manual é utilizado na Índia e na zona rural do Nordeste do Brasil, neste último de uma forma artesanal.

Existe o processamento semimecanizado de corte, que é realizado por uma maquineta na qual, mediante movimentos simultâneos em uma alavanca e em um pedal, prende a castanha, aciona as lâminas que a cortam, e separam as duas metades da casca.

E, por fim, o processamento mecanizado, com duas variantes básicas: o corte com lâminas ou serras e o por choque e impacto, através de máquina centrífuga que lança as castanhas contra uma chapa-alvo.

Um outro ponto que diferencia cada sistema é o tratamento que a castanha recebe antes do corte, que pode ser uma tostagem da castanha em fogo direto (sistema de corte manual), um cozimento da castanha direto com vapor saturado (sistema de corte semimecanizado) ou uma umidificação da castanha, seguida de uma tostagem por imersão em um banho de líquido da casca da castanha - LCC, (sistema de corte mecanizado).

Depois de realizada esta etapa do processamento – no qual a amêndoa é separada da casca - a mesma segue para as operações de estufagem, despeliculagem, seleção e classificação, embalagem e armazenamento.